Um raro prazer

Poucas coisas no futebol são tão prazeirosas quanto fazer um gol num time argentino, lá, numa decisão, quase aos 40 do segundo tempo.

Normalmente quem inventa gol no fim naqueles “abafas” na base do “Deus me livre” são eles. Nós, que não temos a vocação pra jogar esse esporte parecido com futebol que eles jogam, raramente decidimos jogos dessa forma.

Mas ontem o Cruzeiro foi sabendo o que queria fazer. Teve chances, sofreu perigo, um jogo aberto, bom de assistir, com cara de decisão. Enquanto o River Plate procurava uma forma de marcar seu gol, o Cruzeiro insistia na mesma que determinaram antes do jogo.

Passes da intermediária do Cuzeiro mostram pra onde o time direcionou o jogo
Passes da intermediária do Cuzeiro mostram pra onde o time direcionou o jogo

No quadro ao lado você vê a saída de bola do Cruzeiro no jogo. Sempre forçando pro lado esquerdo. Como se soubesse que seria por ali.

A jogada se repete insistentemente até que no final sobra pro Marquinhos fazer o gol da vitória.

Eu não tenho nem metade desse medo do River que se coloca por aí. Ao contrário do Boca, o River Plate é um time pipoqueiro que tem aproveitamento fraco em Libertadores.

Jogou 31, ganhou 2. O Cruzeiro mesmo jogou metade (15) e ganhou as mesmas 2.

Não estamos falando de um bicho papão, mas sim do time que carregado pelo Boca se torna a segunda potência da Argentina.

O Cruzeiro é mais time, mais forte em Libertadores, maior e tem a vantagem agora. Basta ser inteligente e estará na semifinal.

abs,
RicaPerrone