Um caso raro

É comum um time atrasar salários de um jogador. Incomum é caber a discussão de se este jogador merece ou não receber seu salário.

Jamais seria imbecil de insinuar que as más atuações do Ronaldinho deveriam fazer com que o clube repensasse o acordado inicialmente. Deve? Então paga. E o Flamengo deve.

A questão é que se somadas as dezenas de atrasos, problemas e até a incapacidade mental de agir feito profissional, capaz das multas diminuirem bem a dívida. O Flamengo não multou, azar dele.

Sem moral pra falar em grana já que não paga direito o seu “ícone”, passa um pano e finge que está tudo bem. Não está. Ronaldinho é um jogador que só joga quando quer e, lamentavelmente, não quer.

Sua capacidade de marketing depende 200% de gols. Ele não sabe falar, aliás, tem um parente/empresário que fala por ele. Não sendo capaz nem de dialogar sem um porta-voz, imagine de honrar os compromissos dele com o Flamengo.

Neste caso, raro como citei, os dois devem. Seja 2 ou 5 milhões, o Flamengo não precisa olhar pro Ronaldinho “com vergonha”. Ele, sem receber, não consegue olhar orgulhoso pro que faz.

Talvez falte ao Ronaldinho um filho. Aquele que quando você chega em casa te pergunta: “Papai, verdade que você é ex jogador?”, ou “Papai, porque meus amiguinhos odeiam você?”.

Ronaldinho não deve nada a ninguém, nem satisfações. Tem um irmão que o mima e fez dele uma figura quase nula, um verdadeiro fantoche que ninguém sabe a opinião sobre nada. Ronaldinho não fala, manda falar.

Talvez não pense também, e neste caso, parece não mandar ninguém pensar.

Assis entrou numa loja, pegou produtos e disse que não ia pagar. Levou 25 camisas na conta de um diretor, que preferiu abrir mão do que peitar o porta-voz-cérebro-vontades-contratos do Ronaldinho.

O curioso é que o Flamengo oferece 1,3 milhões a um jogador não podendo pagar sequer 500 mil.

E ai vem o Assis e pega 25 camisas em nome do irmão na loja do clube.

E eu pergunto a você, Ronaldinho: Pra que 25 se você não aguenta o peso de uma?

abs,
RicaPerrone