Tudo mudou

As vezes parece tão simples que chego a imaginar que somos gênios ou eles, treinadores, muito burros. É mais inteligente entender que eles enxergam algo que nós não e por isso tenham escolhas que não podemos entender tão bem.

A diferença do Brasil da estréia para o de hoje foi brutal. E vou apelar aos quadros estatísticos da OptaSports, exclusivo do blog na Copa, para mostrar isso.

Veja a diferença entre o posicionamento do time nos 2 jogos.

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Brasil x Croácia
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Brasil x México

Tirando a parte do quanto estivemos mais a frente por motivos óbvios contra o México, a distribuição do time lá na frente é praticamente outra.

Se num primeiro jogo Neymar jogou atrás do Fred com Hulk na esquerda e Oscar na direita, hoje tivemos Neymar na esquerda, Ramires na direita e Paulinho quase tendo que armar o time enquanto o Luiz Gustavo ficou mais preso.

Oscar, que foi o melhor do jogo pela esquerda na estréia, foi pro outro lado mais recuado.

Foi um novo time. Me pareceu até que fazendo testes, tamanha diferença tática dos dois jogos.

Mais um exemplo considerável é o mapa de toques na bola do Neymar nas duas partidas.  No primeiro jogo, mais solto, fez quase 10 jogadas pelo lado direito. Hoje, duas.

Neymar contra a Croácia
Neymar contra a Croácia
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Neymar contra o México

Longe de tentar ter entendido o que Felipão tentou fazer com Ramires aberto na direita, mas ainda mais confuso quanto a troca de Oscar e Neymar, que foram os melhores do jogo na estréia.

Num time que nem tudo deu certo contra a Croácia, pouca coisa ficou. E neste, de hoje, quase nada deu certo.

Não vi a melhora que o Felipão viu. Vi um time menos ameaçado atrás. Talvez nisso.  Mas na frente, mesmo que tenhamos feito do goleiro deles o melhor em campo, faltou bola no chão, movimentação e jogada.

O que vem na segunda-feira? O Brasil das Confederações com Neymar num lado, Hulk no outro? O da estréia? O de hoje? Ou uma nova tentativa?

abs,
RicaPerrone