Terrorismo a vista

Mesmo diante da euforia dos “eu avisei”, não vi nada demais. Uma partida contra um time mais experiente, porém, covarde e afim apenas de destruir. A seleção, que fez duas grandes partidas contra EUA e Dinamarca, jogou um bom primeiro tempo, deu azar em 2 lances isolados e só.

Não cabe condenar nada do que vem sendo feito, afinal, até onde sei, sou pago pra ver o jogo e não pra analisar o placar dele.

O placar diz 2×0 México, o jogo não.

Fomos superiores, não fizemos uma grande partida, mas tivemos uma puta dose de azar em levar um golaço incomum no primeiro ataque dos caras e um zagueiro cometer um pênalti absurdo e totalmente sem necessidade. Foi isso, só isso.

Se eles vieram pra se defender com 0x0, imagine com 2×0.  Eram 10 caras atrás da linha da bola, mesmo sistema que eliminou o “gostosinho” Barcelona, enchendo o mundo de “peninha”.

Perder um jogo assim é parte normal de um processo de um time em construção. Essa seleçào sub 23 está junta há alguns dias apenas, evolui bem, promete muito e o placar de hoje, repito, construído no acaso, não quer dizer nada.

Quer dizer que Neymar pode se aproximar mais do Oscar, que o Hulk não precisa chutar todas as bolas que ele recebe, talvez que possam acionar mais o Danilo e que os volantes precisam chegar com mais qualidade.  Isso sim, como também vimos defeitos vencendo e veremos até campeões do mundo.

O grande erro é pegar um time promissor e em franca evolução e detonar tudo porque o México acertou 2 lances em 90 minutos e nós, não. Aliás, até acertamos, mas não entrou.

Gosto do time, não moveria uma peça sequer por causa do jogo de hoje. Domingo, contra o time principal da argentina, os meninos do nosso sub 23 não tem “obrigação de vencer”.  Mesmo que a incoerente imprensa nacional, que exalta as derrotas argentinas e massacra as vitórias brasileiras, faça um barulho e tente “testar” os moleques. Segundo a lógica do futebol é deles a obrigação de ganhar do nosso sub 23 num campo neutro.

Agora é cuidar do terrorismo, só. Futebol tem, detalhes observados, uma semana pra treinar e evoluir. O difícil é blindar o time contra o terrorismo da imprensa brasileira, que fará dessa “turnê” “sem valor” até quando ganhava uma “turnê de vida ou morte” porque perdeu.

Não há caso de sucesso no mundo com alguém que  ouviu demais.

abs,
RicaPerrone