Tantos, tão poucos

Faz um ano que o Flamengo, clube de maior torcida do país, lançou seu sócio torcedor.  São 63 mil cadastrados levando o clube a uma renda extra considerável.

Trata-se do maior crescimento no primeiro ano de um programa do gênero na história.

Mas são 63 mil, um número que pode ser ótimo e também pequeno. Afinal, se são 35 milhões e consideremos que 500 mil sejam de fato engajados em participar, ainda tem por baixo mais 440 mil sócios para buscar.

De 30 reais por mes a 200, os planos são variados. Mas vamos fazer uma média baixa? Supondo que todos eles paguem o menor plano, são 1,9 milhões por mes ao clube. Isso paga boa parte dos salários que não a toa andam em dia.

Agora, caro rubro-negro, imagine que 400 mil torcedores façam parte do sócio torcedor do Mengão. Seriam 12 milhões a mais por mes. Mais de 140 milhões por ano. A soma de todos os patrocinadores do clube não dá metade disso.

Na prática? O Elias teria ficado e ainda teriam buscado mais 2 ou 3 nomes de seleção. Estamos falando de uma receita suficiente para colocar o Flamengo (ou qualquer time brasileiro) no nível europeu de salários.

40% dos sócios do Mengão estão fora do Rio. É uma paixão nacional, onde claramente muitos pagam não em troca de ingressos, mas sim dos descontos e da ajuda ao clube.

Pelo Movimento por um Futebol Melhor, os sócios-torcedores já tiveram milhões de reais em descontos em suas compras. A rede de benefícios está sendo ampliada com diversas outras parcerias com empresas de peso, como Walmart, Mabe, Centauro e Chef´s Club e isso deve crescer com novos contratos nos próximos meses.

E você, torcedor, está esperando o que? Acha mesmo que sua participação muda “pouca coisa”?  Já notou que se os nossos grandes clubes tiverem 200 mil sócios cada um em média, teríamos um futebol cheio de craques?

Faça o seu. E chame os amigos a fazer o futebol brasileiro ainda mais forte.  Ou você quer chorar a saída de mais um garoto daqui 6 meses por não ter como competir com o salário da Ucrânia?