Suado, sofrido e desnecessário

As vezes é do jogo, as vezes é por bobagem. Um grande jogo, uma vitória no finalzinho ou uma virada histórica anima qualquer torcedor. E hoje, o “time de guerreiros” saiu ovacionado do Maracanã, onde correu enorme risco de sair vaiado.

Não porque não correu, mas porque deixou o jogo se complicar. Obviamente que boa parte disso vem da filosofia Muricy, aquela que implora pro rival vir pra cima.

O Fluzão começa bem, faz 1×0 e vai recuando.  O Vitória cresce, mesmo tendo uma atuação fraca. E o Flu recua, vivendo de contra-ataques e das jogadas individuais do Conca.

Vem o segundo-tempo e o Fluminense continua recuando, chamando o rival e se defendendo de cada investida do técnico do Vitória. Em momento algum o Fluminense buscou matar o jogo, apenas administrar.

Acostumem-se, é assim com “ele”.

Digão em campo, o time recuado, vivendo do “deus me livre”. E não precisa, pois o Flu tem time pra peitar os adversários, principalmente o Vitória, que não é nada assustador fora de casa.

Mas, é filosofia. Ele adora a tese de que você se defende forte, retoma a bola e tem mais chances de fazer o gol quando ataca em número semelhante de atacantes e defensores.

Não é mentira, mas… é coisa de time pequeno, ao meu ver. Em casa, pior ainda. Contra um time pequeno, pior.

Não precisava do drama. O Vitória empatou, com justiça, pois o segundo tempo todo tentou o gol contra um Fluminense que achava estar com os 3 pontos garantidos.

E no fim, quando tudo ia virar vaia, Alan, de canela, faz o gol da vitória em bela jogada do Mariano, que diga-se, é bom jogador.

Acostumem-se, Tricolores.

Muricy é rei fora de casa. Seu time se defende e sai rapido pro contra-ataque.

Só que em casa mantém isso. E irrita as vezes, ou quase sempre.

O resultado desmente qualquer critica, pois o final apoteótico do time indo a torcida, a festa, o drama, etc acabam ficando como registro final do confronto.

O Flu pediu, o Vitória atendeu.

Mas, quando teve novamente a postura de agredir, venceu.

Que tal se assim fosse o tempo todo?

abs,
RicaPerrone