Só motiva, não desmonta

O Corinthians venceu o São Paulo na mais interessante das circunstâncias. Pensando na quarta, poupando titulares, em casa, contra um rival absolutamente focado no jogo e se enchendo de moral pra Libertadores.

Não dava pra agredir o tempo todo, nem se esperava isso de um time que entra sem suas peças ofensivas titulares. Mas quem melhor articulou jogadas e tocou a bola foi o Corinthians, não o São Paulo.

Méritos de quem em momento algum perdeu o controle do que fazia em campo, ao contrário do Sào Paulo que entrou em campo pra dar pontapés. Aos 15, amarelado, parou. Por sorte não deu tempo de ter alguém expulso logo de cara.

O desequilibrio do time foi até o final. Passes errados, ninguém chamando a responsabilidade, um erro tático grotesco do lado direito não corrigido a tempo e bastante agravado com a expulsão do João Felipe, que não é lateral.

Improvisado, fez uma avenida pro Fábio Santos. Leão não deveria ter tirado o rapaz. Deveria ter colocado um Oswaldo ou Fernandinho aberto na direita para prender o Fábio Santos e acabar com o “um-dois” que ele fazia com Jorge Henrique a cada subida.

Mas, não viu.

Quando mexeu, mexeu na frente. Mexeu bem. Mas no mesmo minuto o lateral foi expulso com enorme justiça.

Clássico onde um time podia se motivar, o outro podia somar 3 pontos pra porcaria do Paulistão.

Sai o Corinthians mais motivado, o Sào Paulo segue seu rumo. Está bem longe do Timão em busca de formar um time, mais longe ainda na questão de ter uma equipe equilibrada e emocionalmente forte.

O clássico foi demais para alguns “meninos” do Morumbi.

Ou seja, estão verdes pra uma camisa tão pesada. O que não deve queimá-los, já que o melhor do time, Luis Fabiano, também nunca conseguiu jogar nada em grandes clássicos ou jogos decisivos. Portanto, é apenas uma ponderação, não uma fritura.

O time do São Paulo é bom, falta um cara que chame o jogo pra ele. Time muito quietinho, bonzinho… falta “o bandido”. E esse “bandido” não é o Luis Fabiano. O “bandido” no bom sentido é expulso de vez em quando mas adora uma decisão.

Do outro lado, com um time sem “galáticos”  como outros recentes, o Corinthians mostra equilibrio, postura tática e calma para disputar a Libertadores. Disse na quinta, repito: É a Libertadores em que o Corinthians entra mais forte. Não no papel, mas na prática.

A vitória motiva o Timão, mas não pode “brecar” o Tricolor ainda em formação.

abs,
RicaPerrone