Sempre!

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Sempre!

Minha profissão me tirou o “direito” de odiar Corinthians, Palmeiras e Santos. Me fez enxergar coisas boas neles e defeitos em meu clube.  Me mudou a perspectiva de ver futebol aos domingos  e quarta-feira, tal qual me “broxou” como doente fanático que um dia fui.

Eu não tenho o direito de cobrir futebol se eu me colocar naquele pedestal jornalístico de quem não sente mais o mesmo que você, e portanto te da aula de como você deveria se sentir. E tento manter isso de alguma forma.

A melhor que encontrei foi a seleção, único lado torcedor meu que não vai “desrespeitar” leitores porque estarei torcendo pro mesmo que eles.

Esse time de amarelo é a única coisa que eu ainda posso sofrer, xingar, amar, gritar, acompanhar e perder a razão como qualquer torcedor. E assim será até o último jogo que eu puder ver da seleção.

Talvez lhe pareça pouco profissional. E eu lhes digo que pra mim pouco profissional é tentar falar de futebol por profissão e não por paixão. Pois é de paixão que ele vive e ao perdermos isso para virarmos jornalistas perdemos, também, a propriedade sobre o que estamos falando.

Futebol é muito mais do que eu possa entender. Portanto não perco meu tempo tentando loucamente entende-lo para estar acima de você.  Eu sou como você. E chorei no Mineirão. Como vou chorar muito quando ganharmos em 2018. Como vou discutir com amigos, discordar, odiar um jogador e reagir exatamente como você enquanto eu puder torcer pra minha seleção.

Se escrevo num tom diferente da maioria é exatamente porque ainda subo a arquibancada, pago ingresso, não uso a credencial sempre e porque tenho um time pra torcer sem “poréns”. É a seleção.

Dunga é, hoje, meu treinador. E não importa qual seja, eu vou jogar a favor até quando puder. É o papel que eu escolhi fazer. Mesmo que te pareça papel de bobo.

Boa sorte, Dunga! Avaliações apenas após a primeira convocação e estréia. Não avalio trabalho de ninguém pela coletiva.

Que aliás, foi ótima.

abs,
RicaPerrone