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Que não se repita

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Eu duvidei, confesso. Quando me disseram que o jogo seria as 10 da manhã, juniores, sem ser feriado no Rio, pensei: “É jogo pra 5 mil gatos pingados”.  Mas me enganei, com gosto.

A nação rubro-negra, sempre exaltada e não a toa, conseguiu encher o Pacaembu para empurrar o time. Notável! O time fez sua parte, levou o caneco e agora fica nas mãos de quem, normalmente, erra feio.

A diretoria atual do Fla tenta, com competência, corrigir o começo do trabalho em 2010.  Junto com isso tem a missão de não repetir um histórico erro que o Flamengo comete ano após ano: Vender ouro a preço de latão.

A geração Djalminha, Marcelinho, Zinho e cia saiu quase toda a preço de banana. Foram todos campeões em outros clubes, enquanto o Mengão amargava tempos dificeis.

Depois disso, quando pensavamos que eles tinham aprendido, trocaram Reinaldo e Adriano mais 5 milhões pelo Vampeta. Não preciso contar o fim dessa história.

E hoje, quando vemos meninos de vermelho e preto novamente campeões, surgindo com vontade de vencer no clube, cheios de talento e personalidade, dá aquele medo.

Será que alguns deles não serão doados por aí pra quitar dívida ou pra alegrar um ou outro empresário?

Será que destes pelo menos  5 estarão com a camisa dos profissionais em breve?

Não vou me alongar sobre o jogo em si pois não há jogo as 10 da manha com 35 graus na cabeça.  O Flamengo foi o melhor time do campeonato, tirou SP e Cruzeiro, saiu invicto, fez 21 gols, levou 5. Não tem o que falar, é o campeão com todos os méritos.

Só que o grande desafio dessa molecada começa amanhã cedo, quando acordam campeões e terão que não se tornar moedas de troca ou de pagamento de dívidas passadas.

Que desta vez o Flamengo faça os craques em casa, mas que fique com eles.

abs,
RicaPerrone

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<b>Rica Perrone</b> é jornalista, tem 44 anos, foi pioneiro no Brasil no jornalismo independente online entre outros. Apresentador do Cara a Tapa e "cancelado". com frequência por não ter feito nada demais, especialmente não bater continência pra patota.