Quando virou só futebol…

Era uma guerra. Aquele cenário perfeito de Libertadores com correria, raça, carrinho, cera, pontapé, sofrimento, 0x0, torcida em pé..  Por 45 minutos foi uma guerra e, como acontece quando baixa-se o nível ate a mediocridade adversária, ninguém venceu.

Até que o professor teve a “genial” idéia de fazer o óbvio. Se não tenho quem marcar, eles tem 11 na defesa, melhor ter 2 meias que pensam muito e correm pouco do que 3 caras correndo muito e não pensando nada.

Juninho e Felipe juntos, porque é assim que tem que ser quando é preciso entregar a bola com qualidade, não correr com ela.

No chão, usando os pés e a cabeça, sem entrar na pilha de guerrinha, o segundo tempo foi uma partida de futebol.

E assim sendo, só deu Vasco, que deu um baile quando quis, teve chances de fazer mais e sobrou em cima dos paraguaios.

Libertadores é uma guerra mental. O adversário te sufoca por todos os meios, raramente pelo futebol.

Nós, brasileiros e nada frios, caimos fácil nessa. E quando revertemos, quando colocamos todo cenário apenas em torno do futebol e não o futebol em torno do cenário, somos melhores.

O Vasco fez isso no intervalo e voltou pra jogar bola.

E assim o cenário se fez ainda mais perfeito. A tensão, a guerra, o drama e, no final, São Januário em festa com uma grande vitória num grande jogo de uma grande competição.

Convenhamos, se fosse 4×0 logo de cara não teria a mesma graça.

E pra acabar com tanta polêmica, ninguém melhor que o Vasco nesta noite.

Preto, branco, branco, preto…  “tá bom, tá bom… chega! Eu ganho de azul!”.

Pronto.

abs,
RicaPerrone