Quando nada justifica

É muito fácil encontrar um argumento para uma derrota no Mineirão contra o melhor time do campeonato. Simples, eles foram melhores.

Difícil é se reencontrar com a torcida e conseguir explicar pra já desconfiada torcida do Bota que dá pra confiar desta vez.

Aí, como que de bandeja, vem Bahia e Ponte Preta em casa. Casa vazia, é verdade, é bom sempre ressaltar que o Botafogo fez até aqui uma campanha usando suas próprias forças e sem grande apoio.

Dois jogos para 6 pontos enquanto o Cruzeiro que se vire com Inter e Corinthians fora.

A hora era essa.  Todos, até quem faz força pra não entender a planejada, entendiam que o momento de reaproximação na tabela era esse.

Natural, nada forçado ou fabuloso. Só vencer 2 jogos fáceis em casa e esperar que o óbvio aconteça, que é o Cruzeiro não fazer 6 com dois times grandes fora.

Pois então.

O Botafogo perde os 2 jogos e ainda há discurso sobre a derrota no Mineirão.

Pontos corridos, senhores, é conquistado em cima de time pequeno. Não tem decisão, não tem nada disso. É um festival de “errar menos” e ganhar no fim.

As mil teorias sobre “o jogo decisivo” não são reais. São pra vender jornal.  O jogo é fantástico em qualidade técnica, não porque seu resultado determine o campeão.

Era natural o Cruzeiro vencer em MG. Não é natural que o Botafogo deixe de fazer 6 pontos muito prováveis e fáceis.

Ficou difícil.  Bem difícil.

Mas ao menos parte dos botafoguenses que se recusaram a acreditar no que viam até então agora podem dizer, quase felizes: “Eu não disse?”.

Disse. Pior que disse.

abs,
RicaPerrone