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Puta que pariu!

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Puta que pariu!

35 do segundo tempo. O São Paulo está morto em campo. Se arrasta, perde a bola, arma um contra-ataque e quase consegue a proeza de perder pro time do San Lorenzo que sequer tinha intenção de fazer gols nesta noite.

A torcida já canta por obrigação. O time sabe, sente.

Não havia um sãopaulino no mundo que não estivesse pensando: “Porra, sair na primeira fase pra um argentino e pro Corinthians não…”.  É o ápice da derrota. É o 7×1 em etapas.

Ganso deixa o campo. Vaias.  Porra, Muricy! Mas o único cara que podia fazer uma jogada genial ali tu tira??!

42 minutos. Silêncio. Os próximos 3 minutos determinam agora se vivemos uma “noite heróica” ou um “fracasso histórico”. E tome bola pro mato.

Michel Bastos tentou um calcanhar nas últimas 2 jogadas. Errou ambas. Ele domina, olha, vira o jogo pra Carlinhos, um dos piores em campo hoje. E o lateral, que errou quase tudo, cruza no segundo pau para Michel, que se arrastava, enfiar a cabeça.

E eu vou deixar esse “enfiar a cabeça” livre para interpretações, já que o “coitado” é argentino, logo, não requer qualquer cerimônia de minha parte.

E então, aos 44, no Morumbi, numa Libertadores, o São Paulo transforma suor em lágrimas e o pesadelo em sonho.  Não há qualquer análise tática possível diante de um jogo desses. Há apenas o sentimento mais forte que o futebol pode causar, a reviravolta mais deliciosa que existe e uma única frase a se livrar do nó na garganta:

“Puta que pariu!”

abs,
RicaPerrone