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Prêmio por quase nada

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Prêmio por quase nada

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Alexandre Pato é um jogador diferenciado. Apostaram nele desde o dia que treinou entre os juvenis no Inter. E desde então, óbvio, encheram o garoto de mimos e elogios precoces.

Virou um grande jogador. Não virou o que esperávamos que virasse. Ainda dá? Dá. É novo.

Até outro dia reserva do Corinthians, fez dois gols domingo e retomou o posto de titular. Horas depois, volta a seleção brasileira.

É realmente este tipo de valor que a seleção se dá e espera poder cobrar amanhã? Como um jogador sai do banco pra seleção em 1 semana?

Note, não é o Pato. Nem o quanto ele joga. Mas o critério simples de uma convocação. Henrique, do Palmeiras, idem. Da série B pra seleção? Não! Não pode.

Poderia se fosse um jogador de seleção que caiu pra série B e se manteve na seleção. Ninguém se torna selecionáveis na segunda divisão.

Há um processo. Ou havia, sei lá.

Não sou contra a convocação do Pato. Sou contra que tenha sido na mesma semana que virou titular do seu clube. Parece que é cativo, que pode sempre fazer o mínimo esperado e lá estará sua vaga, sua fama, seu alto salário e tudo aos seus pés.

Pato pode mais. Muito mais. Desde que seja motivado a ir além. É fácil demais chegar no topo (seleção) hoje em dia. O que pode ser cobrado de quem já nasceu com créditos?

Seleção não é “momento”. É o topo da carreira. Não se leva alguém ao topo por 2 meses de bom futebol. Se fosse “momento”, Walter estaria lá, não o Pato.

Pato foi convocado pelo que ainda esperamos dele. Ganso, que em maio de 2010 era a salvação da seleção pra muitos, ainda em 2013 não conseguiu se firmar.

É precoce, irresponsável e custa caro esse endeusamento rápido que fazemos com o futebol.

E quando a seleção assina embaixo, fica difícil explicar pro garoto que, de fato, ele ainda não é “Deus”.

abs,
RicaPerrone