Paraguaio, eu?!

Não foi fácil ser o Atlético MG neste domingo. Diante da pressão, do Palmeiras ameaçado, do Flu que venceu fora, da imprensa louca pra manchetar um “cavalo paraguaio”  e de rivais famintos pela aceitação do rótulo.

A sombra do “de novo?” rondava o clube, o estádio, a cabeça de cada torcedor. Mas o Galo foi, de novo, um time capaz de superar tudo isso e responder, mais uma vez, que não é um cavalo paraguaio.

Ao contrário, lá se vão 23 rodadas, lá está ele.

Só o mais fanático atleticano e o mais acéfalo jornalista acreditou que o Galo jogaria 38 rodadas no mesmo nível sem ter um momento de queda. Natural, afinal o diferente era a campanha que fazia, não a que agora faz.

4 jogos sem vencer, pra alguns, “crise”.

Porra nenhuma.  O Galo só deu de frente com a natural dificuldade de jogar futebol por aqui. Não temos 18 Getafes, um Galo e um Cruzeiro. Temos 12 “galos e cruzeiros”, e Getafes que costumam complicar quando em casa.

Aqui, ninguém passeia. E se o Galo passeava, sorte dele, mas não é a regra.

Se havia dúvidas, de novo o Galo as respondeu. Continuarão teimando, sob o mediocre argumento de que se não for primeiro, não vale nada.

E lá está o Galo, como no começo, onde os “cavalos paraguaios” dispararam, brigando em cima. Só que entrando na parte final, onde apenas os favoritos de fato continuam lá, ainda vemos o mesmo Galo brilhando.

Em momento algum o Atlético se disse “virtual campeão”. Sequer “favorito”. Disseram por ele, mas não jogam por ele.

A mineira, quieto, jogou e venceu mais uma.

Aumentam os adversários, não mudam os resultados.

É, de fato, um time competitivo, pronto e muito forte.

Se perder, não será “pra si mesmo”, pois aqui temos outros para nos derrotar.

Mas se ganhar, não será só dos rivais. Será da desconfiança, da história recente, da ejaculação precoce da imprensa que procura um campeão por rodada e principalmente, da neurose de achar que “vai acontecer de novo”.

Setembro… E ainda não aconteceu.

abs,
RicaPerrone