Os “quase heróis” e o “herói”

Pode dizer que foi drama de véspera, que nem havia contusão. Tanto faz. Se não houve, mais mérito ainda pro Palmeiras que fez o Flamengo acreditar que não teria seu principal jogador.

Os rubro-negros tiveram sua noite de “quase heróis”. Da expulsão de Márcio Araújo, que considerei um pouco exagerada mas bem previsível, a saída de Diego, os que estavam em campo tiveram script de super herói.  Era achar um gol e estava feito o maior “milagre” rubro negro do ano.

Volante poupado da culpa, treinador nas nuvens, time na liderança, o Santos Dumont não daria conta. Teriam que desembarcar no Galeão.

E a saída do Diego não é absurda como parece. O meia joga pro time, joga bem mas não é o responsável individual pelo time estar vencendo. Diego está bem. Não está brilhando. E sua saída me pareceu uma questão estratégica simples: Se vou contra-atacar, saco o meia e deixo os abertos em campo.

O Palmeiras entendeu, aumentou o poder pelo setor com Xavier e foi pra cima. Tomou o gol num lance onde o Patrick apareceu sozinho aberto, onde fatalmente o Diego não estaria. Ponto para o professor.

Ferrolho neles. Mas era o líder do campeonato, em casa, e com Jesus. O garoto foi colocado em campo como arma letal. Era dele a obrigação, machucado ou não, de resolver a parada.

E não é que o fez?

O empate no fim mudou o saldo do jogo de 10 heróis para apenas um.  O resultado é muito bom pro Flamengo, nem tanto pro Palmeiras, mas que ainda é o líder. Logo, não dá pra reclamar muito.

O Flamengo sai de São Paulo tão forte quanto embarcou no Santos Dumont. E o Palmeiras enfrenta o Corinthians líder, mas sem o herói.

Robinho e Fred decidem nesta quinta se ainda temos um trio buscando o título ou se vimos mesmo uma “final” antecipada nesta quarta-feira.

abs,
RicaPerrone