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Oitenta!

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Oitenta!

Das coisas que aprendi a não deixar pronto de véspera, a principal é idéia para texto pós jogo do Flamengo. Não porque os resultados sejam tão imprevisíveis, mas porque o extremo muda numa velocidade que em 15 minutos você pode rever os últimos 6 meses.

Eu não gosto de ver o Flamengo num estádio desses. Me incomoda, embora entenda o orgulho do Fla em dizer “eu não preciso do Maracanã”.  Mas é triste. Um time enorme, num estádio que o Bragantino ostenta há décadas. Enfim.

Mas os rubro-negros estão enxergando o Camp Nou ali. É natural, é a fase da paixão.  Não há defeito, tudo é maravilhoso e já há quem diga que sempre sonhou com um estádio na Ilha do Governador pra 20 mil pessoas. Um amigo meu, conhecido de vocês, é um desses.

Thiago Gagliasso, o irmão bonito do Bruno, é um típico exemplar urubu. Ao começar o jogo ele tinha dúvidas se matava o treinador, o zagueiro ou o volante. Com 15 minutos o estádio era maravilhoso. Aos 25 “ninguém vai ganhar do Flamengo na Ilha. Pode anotar!”.

Com 2×1, silêncio. Paz no whatsap.  Ele já via defeitos no Zé, achava o estádio acanhado demais, contestava o salário do Guerrero mas se mantinha ali, firme, olhando pro oito, mirando oitenta.

E então no pior momento do jogo o Flamengo mata a partida.  E dali pra frente constrói uma goleada.

Oitenta!

Hepta, fato! A Ilha? Um sucesso sem igual.  O Maracanã? Que se foda.  E o Diego já é mais bonito até que o irmão do Thiago.

E agora invertem-se os polos rubro-negros. Os burros eram só mal compreendidos, os ruins apenas mal avaliados e o Maracanã sempre foi o problema desse time.

“Precisávamos mesmo era da Ilha! Sempre falei isso”, diz um Gagliasso qualquer.

E assim, de oito a oitenta, o Flamengo sabe andar pra frente. No oito ele recua. No oitenta ele surta.  Então que assim seja, alternando à lá Flamengo.

Hoje, dia 22 de junho, o hepta é realidade. E a final da Copa não ter sido na Ilha, um tremendo absurdo.

abs,
RicaPerrone