O terceiro “novo Maradona”

Messi é a bola da vez. Foi Ortega, foi Riquelme, agora é a vez dele ser apontado por todos como “o novo Maradona”. Mania que, inclusive, deixa claro a diferença para Pelé. Aqui, não existe “novo Pelé”. Lá, toda hora procuram um “novo Maradona”, talvez porque Pelé não tem como se repetir. Maradona, sim.

Messi é craque. Está jogando uma barbaridade, daquelas de assustar. Digna de Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Zidane em suas melhores fases.

Tem apenas 22 anos, vai pra Copa, titular absoluto, mas com uma carga nas costas que não costuma dar certo.

Messi dribla, enxerga o jogo, solta a bola na hora certa, bate bem pro gol e tem uma noção incrível de preenchimento de espaços no campo. Um jogador raríssimo, daqueles que vale o ingresso.

Daí a apostar que sua vida será gloriosa pra sempre, vai alguma diferença.

Temos dezenas de exemplos de jogadores que foram colocados ao patamar de “deus” e, por isso, sumiram.  Messi está sendo vítima de uma euforia natural do mundo pelo futebol bem jogado.

Se ele não acreditar que é o novo Deus da bola, vai longe. Se acreditar, pára por aqui.

Se a Copa for parametro, ele tem que se preocupar, pois na seleção não costuma jogar nada. Se não for, sorte dele, pois no Barça é um monstro.

Messi será o melhor do mundo algumas vezes, se continuar neste ritmo.

Mas, assim como outro gênio da bola, teve um azar na vida.

George Weah, atacante monstruoso que atuou na década de 90, teve o azar de ser genial nascido num país como a Libéria, que jamais lhe deu a chance de disputar uma Copa. Azar da Copa.

Messi tem o mesmo azar. Até vai jogar. Mas ganhar… tsc, tsc, tsc…

abs,
RicaPerrone