O não tão velho São Paulo

Para as mais novas gerações o SPFC é um time de raça. Para quem viu um pouco mais sabemos que essa jamais foi sequer uma das nossas principais características. Mas na falta das anteriores e principais, é a que nos salva.

Em 2004/05/06/07/08 fomos o clube que perdia pouco, que lutava muito e ganhava pontos. Tentamos, desde então, retomar as características do clube sem sucesso. E em 2018, com um treinador uruguaio, o SPFC reencontrou sua fórmula mais recente de sucesso.

Não jogamos brilhantemente, sequer jogamos bem na maioria das vezes. Nem temos a bola, não perdemos diversas chances, mas também não somos pressionados, ganhamos a maioria das divididas e temos em campo algo infelizmente moderno: um time alto e forte.

O Tricolor hoje corre, briga e busca pontos. Não há qualquer tentativa de se jogar bem ou bonito. Mas é uma escolha, não uma incompetência. Jamais um time do Aguirre jogou algo que desse prazer de ver pela técnica. Mas pela vontade e dedicação, algumas vezes.

Este SPFC que hoje briga pelo título é o mesmo que pra muita gente até ontem não tinha elenco. Tem. Sempre teve. Só precisava mudar os líderes, dar espaço a quem quer correr e tirar quem acha que está consagrado.

O time é o mesmo, mas completamente outro. E não há novidade tática, nada mirabolante. Apenas comprometimento. Méritos do Aguirre, do Raí, do Rocha, do Lugano e toda equipe de futebol.

O Corinthians não foi ao Morumbi. Mas não justifica. O Flamengo esteve no Maracanã e o São Paulo também venceu.

Se para muita gente o time no papel é incapaz de disputar o título, lhes lembro que o nome deles vai escrito na camisa e não no papel. E essa camisa aí… já sabe.

abs,
RicaPerrone