O mais estúpido cartão

Claro, há quem ache super legal, normal e correto. Eu não acho, e vou ser breve pra não ser repetitivo.

Escrevi neste post há 2 dias e achei que ia demorar pra sentir na prática o efeito das “novas sugestões”  aos arbitros, que incluem não deixar o jogador ter personalidade.  Segundo as autoridades do esporte, jogador pode ser chamado do que for, mas não pode reagir.

Pra mim, numa simples e clara situação onde eu pago pra te ver trabalhar, se eu te xingar, é seu direito me responder. E portanto, causando chiliquinho de marginal ou não, é uma mera reação natural de qualquer ser humano a uma ofensa.

Alecsandro deve ter sido chamado de tudo. Jogou a bola dele, que não é grande coisa, diga-se, e na saida mostrou seu nome na camisa. Só.

Eu gostaria de saber onde está o ato agressivo ou ofensivo em mostrar que seu nome é Alecsandro? É feio o nome? Também acho. Mas é o nome dele. Qual problema em responder a centenas de ofensas como isso?

Se tivesse feito “picas” pra arquibancada, sinceramente, nem acharia tão grave. Acho que nego que xinga tem que aguentar ouvir a resposta também. Mas, cabe discussão sobre o que pagou e o que recebeu. Apesar de eu nunca ter visto um ator ser xingado num teatro e nem acharia anormal se um dia fosse e respondesse.

Alecsandro tomou amarelo. Mas o punido foi o futebol.

Talvez o primeiro de muitos amarelos que inibam a reação natural, o “troco”, a graça da coisa.

Talvez não. Depende de como vamos reagir a ele.

Imagino que passará em branco. Ou, pior, sendo um ato exaltado pelos mesmos que levaram o futebol ao seu insuportável nível de falsidade e hipocrisia atual.

Amarelo pro Alecsandro, 1×0 pra “eles”.

abs,
RicaPerrone