Passamos da metade do campeonato. Não há “o time”. Pior: Não há nem “os times” de forma contundente. Equilíbrio ou baixo nível?
Seria ousado eu arriscar uma resposta. O que tenho muito claro na minha frente é a memória do que vi até agora e as perspectivas do que eu achei que veria.
Eu não vi o São Paulo, que quase foi líder hoje, jogar mais do que 3 partidas com uma postura digna de campeão. Vive de lampejos e contra-golpes.
O Palmeiras, que também ficou o turno todo entre os primeiros, vive de bola parada e só. Joga um futebol fraquíssimo.
Corinthians e Flamengo tiveram um momento de bom futebol. Mas entraram numa sequência injustificável.
Pode jogar no técnico se o time cai de rendimento, perde alguns jogos, passa a atuar improvisando jogador, etc. Agora, perder pra Bahia, Ceará, Atlético PR, Avaí… o que o técnico fez? Deu laxante pros caras no vestiário?
Cadê o Santos? Cadê o Cruzeiro? Quem não meteu os dois no top 5 no começo do campeonato?
Sobram Vasco e Botafogo. Um que tem os méritos da situação nada agradável de se manter forte sem técnico, mas com uma inconstância ainda razoável. Por exemplo, tomar de 4 do América MG.
O outro, que vinha voando, resolveu apanhar de 5 nessa rodada.
Time que está voando perde. Mas não pode tomar uma goleada dessas em semana que passou falando em liderança e título.
Quem é que fez algo diferente até aqui?
Bom lembrar que Fluminense e Botafogo estavam quase trocando o técnico quando reverteram a situação em jogos incomuns. Um goleando rival, outro virando aos 45 do segundo tempo.
O Inter, que hoje começa a decolar, fez um turno pra lá de comum.
Cadê o Brasileirão que nós esperávamos?
Arrastando-se há 23 rodadas, temos hoje 8 times grandes separados por menos de 10 pontos.
Você lê isso e pensa: “Caraca! Que puta campeonato!”.
Mas o que isso está nos dizendo na prática?
A muitos que somos “um futebol decadente nivelado por baixo”.
A mim que é duro motivar nego pra jogar 38 rodadas sendo que todo jogo tem a mesma importância e valor.
A correria vai ser no fim, onde vamos ver despontar o tal campeão.
Onde veremos diversos clubes cumprirem tabela pra estádios vazios.
E onde pensaremos: “Ah se tivesse mata-mata….”.
Mas não tem. Então, segue o enterro.
Quase que literalmente.
Porque o Brasileirão 2011 até aqui é duro.
Duro de assistir.
abs,
RicaPerrone