O fim do ciclo ou do foco?

Por mais que a gente brigue com os fatos por uma perspectiva melhor, eles ainda são fatos. Os times que ganham muitos campeonatos ou vivem grandes fases tendem a começar uma queda após 3 ou 4 anos. Esse auge dura normalmente esse período, o que não se sabe é quanto dura a seca.

Se é o caso do Grêmio? Não sei dizer de fora, mas me soaria normal se fosse. O que pode ser um ponto contrário a isso é exatamente a idade dos principais jogadores, que pode ser visto como “barriga cheia” ou como “experiência”. Depende.

Talvez o time do Grêmio esteja fazendo o básico esperando a hora de crescer. O time tem surtos, como o jogo contra o Fluminense com 35 minutos absolutos. E tem jogos onde dorme em campo, que hoje são maioria infelizmente.

Embora eu saiba que é uma perda de tempo tentar prorrogar por muito tempo um time campeão, ainda assim cabe as diretorias tentar. E o Grêmio tenta cometendo alguns erros.

André é um erro. O Paulo Victor não é um goleiro ruim, mas não substitui o Grohe. Marinho é um folclore, não um grande jogador.

Mas ainda assim há um fator imponderável que é o individual. Perder o Arthur é duro. Perder o Arthur e o Luan é quase um tiro no meio da testa.

Não sei os motivos, não o conheço. Mas o Luan não é o Luan desde a convocação pra Copa sem seu nome na lista. Óbvio que abateu, a quem não abateria ser o melhor da América em 2017, ter sido “o cara que mudou o time” na conquista Olímpica e ficar de fora na Copa?

Mas a demora pra retomar é enorme. Luan parece ter desaprendido as mais básicas noções de futebol e isso é impossível. Não dá pra diagnosticar de longe, apenas registrar o tamanho da perda.

Com algumas peças já veteranos e outros jovens já campeões, o Grêmio parece não ter a gana que tinha até 2017/2018. Talvez a perda do Luan, do Arthur e mais alguns nomes sejam possíveis de repor. A perda daquela vontade absurda de ganhar, não.

RicaPerrone