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O Fenômeno e suas conseqüências

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É muito fácil vir aqui e falar: “O Ronaldo está mal, tira ele do time”. É muito bonito o discurso de que “futebol é momento”, de que “quem está melhor, joga”, mas, não funciona assim pra todos.

Ronaldo é o maior jogador do mundo ainda em atividade. Não joga o que jogou um dia, naturalmente, mas não existe nome mais importante ainda atuando do que ele. Assim sendo, vide 2009, não é um descarte simples de se fazer.

O time joga em função do Ronaldo, e se ele está mal, dá tudo errado.

E aí eu pergunto: Qual treinador no mundo não faria isso?

Você não tem um jogador com a 9. Você tem um absoluto fora de série, que se hoje está mal, amanhã pode simplesmente resolver tudo em 2 jogos. E o passado recente mostra isso com alguma clareza.

Está gordo, lento, cansado, estranho. Concordo, ninguém é cego. Ronaldo erra passes que nunca errou, erra dominios de bola absolutamente toscos pra um jogador como ele. Mas, só há uma chance dele melhorar: Jogando!

Não será no banco, nem parado e desmotivado que ele vai retomar sua boa fase. Será jogando, com os gols saindo e a confiança voltando.

“O Corinthians joga com 10”, dizem.

Ok, mas, se estiver num dia bom, joga com 12.

Não se trata de um simples jogador que você trata como mero mortal. É o Ronaldo, por mais que torcedores rivais façam questão de esquecer disso só pelo fato dele jogar no Brasil hoje.

É muito mais fácil investir nele e ter um fator decisivo pra buscar a Libertadores do que tentar ganhá-la com meros mortais. Pode dar errado, com ele ou sem ele.

Mas é fato: Ronaldo não pode ser tratado ou analisado como os demais.

Há também aquela turminha de precipitados que adora dizer: “ele acabou!”. Aqueles que disseram isso em 2009, ou talvez os que tentaram dizer que, em 1995, Romário estava jogando com o nome, já no fim.

Gênio é gênio. O Ronaldo tem totais condições de perder alguns kilos e voltar a ser um monstro de jogador a qualquer momento. Diferente do Souza, do Washington, do Robert e tantos outros, que magros ou gordos, sabemos até onde podem ir.

Eu concordo com o Mano, e entendo o lado dele.

Tirar o Ronaldo do time é tiro no pé.

Apostar nele é um risco, mas um risco que normalmente dá certo. Vide Copa de 2002, Corinthians 2009, entre outros tantos casos onde desacreditaram o fenomeno e ele retomou sua forma.

Insista! Não se despreza um jogador desses por uma fase ruim.

abs,
RicaPerrone