O clássico que cada um quer ver

Passei bem mais longe de achar um jogo chato ou ruim do que a bola de ter entrado hoje no Allianz. Contrariando a muita gente que diz ter sentido “sono” assistindo ao clássico, achei o segundo tempo quase didático.

Um Santos que ressuscita Dorival ao mercado tocando bola no chão, evitando a todo custo a ligação direta e abusando do direito de prender a bola.  Gosto. Acho que o futebol se divide em 3 momentos: Retomada de bola, criação e finalização. Nas 3 delas ter a bola é fundamental. E na única que não tem, tê-la é seu objetivo principal. Logo, porque queimá-la?

O Palmeiras é um time que Muricy e Celso Roth assinariam.  Com toda qualidade que tem, nenhum padrão que não seja “achar” um gol no talento individual, ligação direta ou bola parada.

É pouco. Muito pouco pro que foi investido e para o que se espera desse elenco. Marcelo Oliveira, que no primeiro ano de Cruzeiro apresentou algo bom de se ver, terminou sua passagem por lá – mesmo campeão – já vivendo de cruzamentos.

Não era impressão. Parece ser mesmo seu estilo.

O Palmeiras vai tentar se virar a moda antiga. Joga em alguém que ele resolve. O Santos, ainda que apostando no talento de garotos, tem um jogo coletivo e bem mais treinado que o Verdão.

O resultado é injusto. Ao Santos, que merecia ganhar a partida.

abs,
RicaPerrone