“O cara”, o detalhe a mais

Pra mim este era o confronto mais importante da noite. E não vou ser medroso de revelar que acredito que destes dois sai o meu favorito a título, pelo menos um ligeiro favoritismo.

Porque? Porque o Grêmio é o melhor time que ainda estava na Copa do Brasil. O mais competente e organizado, vide Brasileirão.  E o Fluminense é o time grande em situação pior (tirando o Vasco)  nesse momento. O que isso significa? Que ele não está entrando em campo com “obrigação” de nada, nem em casa.  E isso nas mãos de um grande é uma tremenda arma.

Enfim, não me frustrei.  O Grêmio foi bem melhor, deu 21 chutes a gol, posse de bola acima dos 60%, trocou o dobro de passes, mas… O Fluminense surpreendeu.  Eles não esperavam ver o Flu com essa formação, e finalmente ( é pra glorificar em pé, aleluia!) um treinador colocou o Gerson no meio e os velozes abertos.

O Flu não teve a bola o tempo todo mas quando teve levou perigo. Jogou uma partida consistente, intensa e competitiva. Algo que não vinha fazendo. O time morto que não se mexia se mexeu. E não “achou” o resultado, não.

A proposta era essa e quem tem Fred na área sabe que tem algo que o adversário não tem. Aliás, diria hoje que a grande diferença entre eles era essa. Um criava pra ninguém finalizar. O outro criava um terço, mas pro Fred.

E aí, que me perdoem os papagaios de imprensa, mas o Fred é o melhor centroavante que temos ainda, e não é de hoje. Especialmente pelo fato dele adorar jogo decisivo, coisa que a maioria não gosta.

O Grêmio melhor, mas sem ninguém pra resolver. O Flu bem em campo, mas com “o cara” pra resolver o jogo.

Vaga merecida. Como aliás, se caisse pro outro lado também seria.

Na verdade merecidos mesmo foram os aplausos no final do jogo. Que jogo!

abs,
RicaPerrone