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O caô e o respeito

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O caô e o respeito

Sai de casa hoje cedo e não era confiança o termo para definir o rubro-negro.  Era um misto de obrigação com expectativa, uma dose de arrogância que lhes é peculiar e outra de realismo, já que a situação do rival é desesperadora.

Não vi vascaínos desesperados, apenas desanimados. Mas vi muito flamenguista falar em goleada.

Quando cheguei ao Maracanã encontrei exatamente o que previ no dia do sorteio aqui mesmo no blog: Um ambiente onde o Flamengo tinha a obrigação de vencer e bem um grande clássico. E o Vasco, de quem nada se esperava, a condição de “azarão”.

Era tudo que o Vasco queria. E com 10 minutos o Flamengo errava passes e era cobrado por sua torcida que não foi lá pra ajudar, mas sim pra cobrar o “óbvio” massacre que eles imaginavam ver.  Pressão, Vasco criando algumas chances, o Flamengo nervoso, e bastaram 20 minutos pra que o estádio todo percebesse que não seria a goleada que imaginavam.

Alguns. Porque Sheik, por exemplo, passou 90 minutos buscando uma caneta ou um chapéu.  Jorginho meteu 3 caras em volta do Guerrero, encurralou o sujeito e era jogo pro Emerson aparecer.  Ele não quis. Quem quis jogar bola foi Jorge Henrique, esse sim, correu ate pro lado errado, mas correu.

Eu disse ontem que o time do Vasco não era ruim. Era desmotivado, de barriga cheia.  E hoje, quando colocado a prova num “jogão”, mais uma vez mostrou que é isso mesmo.  Ele pode ir além disso, mas precisa ser desafiado.

Longe de ter feito um jogo primoroso, o Vasco entendeu o clássico que o Flamengo menosprezou. Ganha clássico quem joga clássico. O Flamengo jogou no máximo um amistoso. Desconcentrado, errando passes toscos, achando que ganharia o jogo a qualquer momento.

E foi pouco. Porque com um a mais o Vasco podia ter forçado um segundo.  Mas soube administrar seu ímpeto diante de sua fragilidade.

Tem dois cenários simples.  Se o Flamengo for dormir hoje tentando achar “onde ele deixou de ganhar o jogo “, vai perder de novo semana que vem.

Porque não se perde pra si mesmo. Ainda mais quando o adversário é alguém que te olha de frente e não de baixo pra cima.

Sobrou arrogância, faltou futebol. Mas um deles não esperava dar baile…  e ganhou o jogo.

abs,
RicaPerrone