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Novas regras para o futebol

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Após mais uma Copa sem “show de bola”, com a frase “foi a pior que já vi” se repetindo ano após ano, competição após competição, acho que é hora da FIFA enterrar seu orgulho e notar que o futebol precisa mudar.

Este esporte foi feito para diversão do povo, e hoje não passa de uma guerra em campo e nas arquibancadas, onde o que importa é vencer, vencer, vencer e mais nada. Não é isso, nunca foi, não pode ser.

O jogo mudou, o preparo físico mudou, as regras precisam mudar.

Privilegiar a técnica é fundamental a qualquer esporte. Existe também quem considere fundamental preservar a “emoção”, e aí confundem competitividade com nivelamento por baixo.

É a NASCAR, sabe? Onde metem 40 carros numa pista que cabem 15. Obviamente, será emocionante. Sejam pilotos mediocres ou geniais, será sempre um show.

Não gosto disso. Pra mim o show tem que ser dado naturalmente e não forçado pela situação e organização do evento. No futebol, nem se fala.

Estamos assistindo um nivelamento claro. Todo ano, todo campeonato, toda Copa vemos a mesma coisa. Um time que se defende bem tem tantas ou mais chances de vencer quanto o que sabe jogar melhor. E o que sabe, não joga, pois está indo na contra-mão do que é vencer.

Não pode ser mais fácil vencer se defendendo do que atacando com qualidade. As regra são velhas, permitem isso. E por isso, sugiro mudanças.

Vamos as sugestões:

1- Impedimento apenas da área pra frente. Entre as duas áreas o jogo é livre e isso dá espaço, valoriza a técnica, valoriza o drible e diminui a importancia do físico. Quanto menor o campo, melhor um jogador enorme pra trombar. Quanto maior o espaço, melhor pra quem sabe jogar.

2- Substituições livres no intervalo e 3 por tempo. Estas, feitas pelo quarto arbitro, sem que a bola pare. Ele solta o reserva na medida em que o titular saia do campo no mesmo lugar onde o reserva vai entrar. Assim, não interfere no jogo, não precisa parar e o jogo pode mudar diversas vezes de formação.

3- O jogador substituido pode voltar.

4- Criação de um cartão azul onde o jogador que faça X faltas no jogo saia por 10 minutos. E outra punição, que é quando o time atingir o número X de faltas no jogo, fica sem um jogador a escolha do treinador por 10 minutos.

5- Os arbitros devem ser todos profissionais e estudar e treinar todos os dias da semana, como os jogadores. É inaceitável que dois clubes invistam milhões de dolares para ver seu futuro resolvido por um operador de telemarketing no seu “segundo emprego” de domingo.

6- Os pontos também podem mudar. Algo do tipo, vitória por 1 gol, 2 pontos. Por 2 gols, 3 pontos. Acima de 5 gols, 4 pontos. Assim como empate não dar mais ponto a ninguém, por exemplo. Mas isso precisa ser muito bem pensado, pois só funcionaria em pontos corridos e se todos jogarem contra todos. Se não é injusto. De alguma forma, daria motivo pra se tentar buscar mais e não apenas 1×0 retrancado.

7- Laterais cobrados com os pés. Urgente.

8- Eletronica no futebol não é possível ser regra pois existem campeonatos oficiais que não tem recursos pelo mundo. Porém, em Copas, Champions League e Libertadores é importante o chip. Eu gostaria de muito mais uso da eletronica, mas é impossivel um esporte ter 2 regras. Não adianta.

Que mais? Ajudem ai.

Fato é que não dá pra ignorar o quanto o esporte mudou. Se deixar as regras de 1930 pra jogadores lentos, gordos e amadores, os mediocres brucutus de hoje levarão vantagem sempre sobre os habilidosos. E isso é o anti-futebol.

Os fatos estão aí. Cada dia mais se ouve a frase “não há favoritos”, e ela não diz respeito ao crescimento de outros times, mas sim da queda dos grandes e do nivelamento tático que o jogo permitiu.

Se quiser, pegue os últimos 4 anos do seu time e liste 10 grandes atuações contra times fortes. Jogam, no mínimo, 30 jogos de bom nível por ano. São, portanto, 120 jogos. Acha 10. É dificil.

Isso tem que mudar.

abs,
RicaPerrone

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<b>Rica Perrone</b> é jornalista, tem 44 anos, foi pioneiro no Brasil no jornalismo independente online entre outros. Apresentador do Cara a Tapa e "cancelado". com frequência por não ter feito nada demais, especialmente não bater continência pra patota.