Nós ou eles?

Afinal de contas, nós é que somos exigentes demais ou os europeus é que transformam jogadores comuns em craques?  É duro entender, mas é possível. Como Felipe Mello, Grafite, Michel Bastos, Belletti, Doni e tantos outros saem do Brasil com talento discutivel e conseguem status de craque atuando lá fora?

Somos nós os confusos ou eles os exagerados? Afinal, o Grafite que jogou hoje, que joga na Alemanha ha anos, é aquele mesmo que no SPFC usava a canela para ganhar as jogadas? E o Doni? Frangueiro ou goleiro de Copa?

Dunga tem a filosofia dele. E ela é baseada no que pede a torcida e a mídia hoje em dia: Ganhe o jogo e ponto final.

Em virtude disso, o talento fica em segundo plano. É preferivel um time coeso e aplicado do que um time técnico e imprevisível. A mescla seria o ideal, mas, hoje em dia a primeira escolha é clara.

O time atual do Dunga é coerente com o que ele propôs. Portanto, não cabe criticas ao que ele vem fazendo. Até porque, a seleção joga um bom futebol na maioria das vezes e vence.

Hoje, com mais certeza ainda de termos a pior seleção de todos os tempos tecnicamente, fiquei mais animado com relação a lateral esquerda e ao ataque.

O Robinho se recuperando devolve ao Brasil um toque de improviso. E o Michel Bastos foi muito bem no jogo.

O time demorou para se encontrar, mas se encontrou.

Deve ser uma Copa cheia de aplicação, que é aquilo que jogaram na cabeça da Seleção em 2006. Então, desta vez, vão ter isso em primeiro lugar.

Se chegar lá, correr, e perder, jogarão a falta de talento. Ou seja, não tem saida.

A banda toca desse jeito, e não vai mudar.

Então, o Dunga está certo no que está fazendo. E nós sim, errados na forma que cobramos.

O que eu não consigo chegar a uma conclusão é se os caras saem daqui sem serem explorados ao máximo ou se a gente é muito chato mesmo. Porque a quantidade de jogadores comuns no Brasil que viram craques lá fora aumenta a cada ano…

abs,
RicaPerrone