No seu melhor lugar

De favorito não lhe serve. De zebra não tem nada.

O Flamengo quase classificado se viu prestes a vencer logo de cara, flertou com um sufoco, saiu consagrado e no seu melhor lugar.

Semifinalista, como há muito não era. E também porque há muito não merecia. Hoje merece.

Embora o time tenha apresentado dois defeitos graves nesta noite, a melhor coisa do mundo é quando você corrige defeitos ganhando.

Não se perde os gols que perdeu no primeiro tempo numa Libertadores. E não se deixa o adversário te empurrar porque não existe torneio no mundo que saia mais gol de “abafa” do que na Libertadores.

Primeiro tempo perfeito. Segundo assustado. Ao final de 2 jogos, uma vaga indiscutível de um time muito superior tecnicamente e que jogou por 3 tempos contra 1 do Internacional.

Agora é Grêmio, copeiro, último brasileiro campeão. River, Boca. Como colocar o Flamengo neste cenário?

No seu melhor lugar, repito.

Melhor time, sem favoritismo.

Como isso é possível?

Não é explicável em palavras, mas vocês entenderam. O maior problema do Flamengo na Libertadores está devidamente anulado: o vexame.

O outro problema comum a todo campeonato que assombra o rubro-negro idem: o favoritismo.

E é tudo tão novo que a vaga veio com justificativa e coerência, não com requintes sobrenaturais do seu já revelado pacto com o demonio.

Um novo Flamengo em busca de um velho sonho. Driblando velhos traumas e criando uma nova versão. O clube que paga, o clube que se organizou, o clube que não tem polêmica no elenco, que vende bem a base e que chega numa semifinal de Libertadores.

Quem diria?

Eles, ué. Diriam isso com Walter Minhoca, imagina com Arrascaeta, Bruno Henrique e cia….

RicaPerrone