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No caminho

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No caminho

Eu tenho certo receio quanto ao Botafogo a médio prazo. E não me refiro a time, elenco, estádio. Me refiro ao posicionamento do clube entre os grandes.  Porque? Porque sua dívida é uma das maiores e seu faturamento um dos menores entre eles. Tem uma torcida que custa a se envolver (menor sócio torcedor dos 11 grandes da série A de 2016), e não tinha uma base integrada funcionando.

Hoje, embora ache ainda que os cenários continuam preocupantes, o Botafogo parece ter uma direção.  Talvez entendendo que não seja um grande que possa comprar, resolveu finalmente focar em fazer. Em 2016 o Botafogo sub 20 chegou em tudo que é final, ganhou títulos e etc.

Você tem duas formas de fazer futebol. Ou você cria ou compra. Jogador não dá em árvore.  O Botafogo criava mal, tinha pouco recurso pra comprar.  Parece ter definido que seu foco é comprar o que for possível e fazer o melhor possível em casa.

A médio prazo isso pode começar a dar frutos financeiros interessantes, o que obviamente será consequencia de bons resultados em campo.

O Fogão que cairia em 2016 chega na Libertadores de estádio novo, bonito, reforçado, confiante e com um futuro real, em campo, vencendo e convencendo nas categorias de base.

O único erro do Botafogo para 2017 até agora foi a relação do Engenhão com o Flamengo.  Você não pode se negar a faturar uma grana considerável em virtude de fazer média pro torcedor sendo “inimigo” do rival.   Essa grana podia virar um zagueiro, que podia evitar gols decisivos.  Mas virou um “chupa urubu” em rede social que acaba em 20 dias.

Enfim. O rumo foi corrigido. O Botafogo parece ter entendido sua condição financeira desfavorável dentre os 12 grandes e resolveu criar futebol, não mais comprar ou esperar que dê em árvore.

abs,
RicaPerrone