Não tem milagre. Ou tem?

O futebol já tem mais de 100 anos no Brasil. Qualquer estatística razoável excluindo o Santos de Pelé indicará que grandes times viveram de grandes momentos de em média 4 ou 5 anos no máximo.

Pode não ser uma regra, e não é. Mas claramente é uma tendência no nosso futebol e até mesmo lá fora, onde obviamente o retorno é mais rápido pela menor quantidade de times grandes para alternar o posto de campeão.

O Corinthians saiu da série B e ganhou TUDO. Não é modo de falar. Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial. Em 2013 ainda joga o Brasileirão como um dos favoritos, ainda tem a Recopa e a Copa do Brasil com a mesma base campeã do mundo. Ou seja, são favoritos ainda.

A questão que a diretoria do Corinthians deve se fazer todos os dias é: “Tem milagre?”.

Se tem, não conhecemos a fórmula. Mantém? Muda? Troca só algumas peças? Muda o treinador? Muda a liderança do grupo?

Qual fórmula pode desafiar a lógica e prorrogar o fim deste ciclo brilhante do Corinthians?

É possível substituir um time aos poucos e manter a série de conquistas? Um time campeão de tudo tem a mesma pegada? Como medir se o time ainda quer mais ou se já estacionou?

Atrás de um “quase milagre” o Corinthians começa o Brasileirão favorito a santo.

Dizem que o  Timão revolucionou o futebol brasileiro e é inegável que o novo momento se deve a vinda de Ronaldo e a forma que se vendeu isso. Daí a dizer que esta fórmula revolucionará também os ciclos, é um risco.

“Não tem milagre. Todo grande time um dia acaba”, diz a lenda.

Ou tem?

Sábado, 21h, no Pacaembu. “A espera de um milagre”.

abs,
RicaPerrone