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Modelo Unimed/Flu é fantástico

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Modelo Unimed/Flu é fantástico

Por ser brasileiro, será sempre visto de forma menor pela mídia. Mas ontem mesmo conversava com um amigo sobre os modelos de parceria e marketing do futebol brasileiro e concluímos que o que a Unimed fez com o Fluminense não foi uma parceria, uma sociedade, nem mesmo um ato de amor.  Mas sim um tremendo bom negócio.

Veja você.  Ela tem que pagar 25 milhões em investimentos por ano ao clube, no mínimo.  Isso vai direto pra time, ou seja, ela não corre o risco de um dirigente estúpido gastar tudo ou roubar e levar a campo uma bosta de time com sua marca na camisa.

Tirando parte da imprensa que fala “a patrocinadora do Fluminense”, o nome “Unimed” deve ser 10 vezes mais falado no país do que o segundo colocado. E aí, por 25 milhões para expor a marca num time competitivo e campeão nem parece um negócio ruim.  Mas quer ver como ele é muito melhor do que parece?

A marca X paga 20 milhões pra anunciar na camisa do Time Y.  Ela não sabe o que vai acontecer, quem vai vestir a camisa e nem pra onde vai a grana. Ao final do ano, seja qual for o resultado, os 20 milhões forem investidos e ponto final.

A Unimed colocava os milhões dela em campo, atrelava conquistas ao clube, ao torcedor, aos jogadores mais famosos do Brasileirão e no final disso tudo, se fizesse bons negócios, vendia o jogador que comprou e pegava a grana de volta.

Eu não sei se ela gerenciou bem isso internamente. Nem saberei nunca.  Mas se eu comprar o Dudu do Grêmio por 5 milhões de euros, gastar mais 2 com salários em um ano e em dezembro vender esse jogador por 15. Eu terei lucrado para estar na camisa de um clube grande do Brasil.

É ou não uma puta possibilidade de negócio pra qualquer marca/investidor? Você tem, no MÍNIMO, a exposição de marca, mas com a possibilidade de investir em jogadores certos e ter de volta até com lucro e acabar saindo grátis o patrocinio a médio prazo?

Se é difícil confiar nos clubes e nos dirigentes e por isso tá complicado conseguir patrocinador, porque não o modelo onde o patrocinador reforça o time e sustenta o futebol a troco de exposição e ainda com risco de lucro?

A parceria Unimed/Fluminense abriu um precedente incrível que nós, teimosos, não queremos enxergar como um puta modelo de negócio, mas sim como um “problema”. E não foi. Nem pro Flu, muito menos pra Unimed.

abs,
RicaPerrone