Home Clubes Santos Mimimi, ôxente!

Mimimi, ôxente!

0
Mimimi, ôxente!

O mimimi não pode parar. Hoje, é sustento de muita gente, motivo de mídia pra muito artista falido e de voto pra uma centena de políticos em busca da sua minoria de retaguarda.

Neymar teria chamado um jogador nordestino de “Paraíba”. E eles se ofenderam.

O “gordinho” aqui, chamado de “alemão” em rodas de samba, não tem sofrido preconceito.  Mas o “paraíba” tem.

O pagodeiro, o funkeiro, nenhum destes sofre com esse tipo de “rótulo”.

Não existe movimento algum contra preconceito, meus caros. Existe uma vontade do cacete de aparecer as custas de um fato qualquer que possa posicionar meia duzia de pessoas como “defensores de alguma coisa”.

Isso dá moral, voto, seguidor no twitter, audiência, carinha de cult e fama de “famoso engajadinho”.

Se Neymar o chamou de Paraíba, não vejo problema pois “paraíba” até onde sei não é algo ruim. Ou é assim que os “paraibas” interpretam?

Se eu disser pra um gaúcho: “E ai carioca?!”, ele não vai me processar, nem ficar ofendido. Vai no máximo corrigir.

Só tem uma coisa mais irritante que o preconceito. O complexo de perseguição.

“Prestenção” numa coisa, caro baiano, paraíba, alagoano ou sei lá mais o que.  Não chamamos vocês de “paraíba” porque achamos a “Paraíba” uma merda. É meramente por não decoramos os nomes de cada capital e cada estado nordestino, então juntamos, como fazemos com “japones”, com “funkeiro”, “pagodeiro”, “boleiro”, “gringo”, etc.

Eu não posso achar que todo mundo “menospreza” um lugar que juntam dinheiro o ano todo pra ir nas férias. Não faz sentido.

Existe preconceito? Claro! Como existe comigo, com você, com o que for.

Mas quanto mais existir mimimi, mais viadagem a cada meia discussão de campo, maior será a distância entre as pessoas e maior será o tal preconceito.

Se eu discutir com você e chama-lo de “paraíba de merda”, acredite: A ofensa foi o “merda”, não o paraíba.

Antes de lutar contra o preconceito dos outros acho interessante lutar contra nossos próprios complexos.

E que saudades do tempo que o “Paraíba” mandava o filho sentar a porrada quando ofendido e não procurar uma ong no twitter…

Volta a arder, Merthiolate!

abs,
RicaPerrone