Lamentavelmente a seleção brasileira jogou uma grande partida, marcou em cima, acabou com o jogo em 45 minutos e isso tudo com um time sub-23 contra os profissionais que ficaram em primeiro no seu grupo da EURO, que começa em alguns dias.
O que vamos reclamar? De quem podemos debochar? Com que prazer fazemos biquinho na tv e riremos, como superiores, ironizando uma convocação, uma alteração ou um resultado?
Infelizmente, deu merda.
Se elogiar é “jornalista chapa branca”. Se bater é “sério e critico”. Assim tem sido, assim tem que ser. E assim sendo, vamos detonar a Dinamarca, que joga com status de médio o campeonato que adoramos lamber, a tal da Euro.
Nossos meninos, desfalcados do seu craque, humilharam os caras em 45 minutos. E isso, óbvio, não tem nada a ver com o técnico, afinal, ele era burro ontem, tenho que mantê-lo assim hoje.
Em alguns dias a seleção volta a jogar. Se perder, “seleção da CBF ou do Mano”. Se ganhar, “seleção brasileira”.
Se perder, a Dinamarca é ruim. Se vencer, o próximo adversário também não era lá essas coisas…
E vamos que vamos, inventando argumentos, destruindo um patrimonio nosso em troca de ser “azedinho”.
A “seleção da CBF” é apenas reflexo do que a diretoria do seu time quer, afinal, ele que vota e elege os que lá estão. E se ele topa, se assina, é cumplice. Você, até onde sei, não deixa de torcer pro seu time por saber que as coisas não são muito claras por lá. Mas o pau que bate no Chico corre do Francisco quando convem.
E convém.
Ganhamos, e bem. Para desespero geral do prazer nacional em se auto-menosprezar.
Hoje não. E quando vier o ouro, que virá, a “seleção do Mano” volta a ser “nossa seleção”.
Nem críticos, nem torcedores. Apenas oportunistas.
abs,
RicaPerrone