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Magia rubro-negra

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Magia rubro-negra

Flamengo e Inter fizeram um grande jogo no Engenhão. Algo que poderia ser até histórico, não fossem os desfalques colorados, o 3×1 do Flamengo em casa e a reação gaúcha com cara de tragédia rubro-negra.

Méritos ao Inter, é claro. Antes de tudo, acima de qualquer chororô, méritos ao que foi buscar mesmo tendo mais de meio time indisponível.

Do lado do Flamengo, magia. Sim, magia.

Só um mágico pode treinar um time por 40 dias para, quando pronto, apresentar a maior inovação tática de todos os tempos: O time que sofre contra-ataques postado na defesa.

É contra a lógica, eu sei. Mas Joel consegue.

Seu time tem 4 volantes e toma 2 gols da intermediária. Seu time fica o tempo todo atrás, postado esperando retomar a bola e jogar rápido pra um dos seus bons atacantes resolverem.

Achou, 3×1.

E, de novo, com todos postados na defesa – desta vez ainda pior pois já ganhava o jogo – o time sofreu contra-ataques e o empate.

Tento entender qualé o cenário para um time com vocação defensiva, 4 volantes e nenhuma necessidade de sair pro jogo consiga tomar contra-ataques. Lembro-me do Fla 0x3 América-MEX, onde o Flamengo tinha 4×2 no placar somado e tomou gols de contra-ataque.

Santo Deus, me explique. Porque diabos um time que começa ganhando e desde sempre se defende mais do que agride, sem necessidade de agredir, sofre contra-ataques?

Que time com 4 volantes pode tomar contra-ataques e ser pego “desprevinido”?

Se é pra segurar, que segure. Mas prender a parte ofensiva para não ser surpreendido e viver fazendo cara de espanto é uma novidade única na história recente do futebol.

Nem a Laranja Mecanica, nem o Cruzeiro de Luxemburgo, menos ainda o Barcelona de Guardiola.

Nada levou a campo uma filosofia tão impossível de desvendar como a de Joel neste Mengão 2012. O time que defende com 8, não passa do meio campo com mais do que 4 e sofre contra-ataques quando está vencendo e não buscando a vitória.

E o craque, aquele que deveria desequilibrar, equilibra. Afinal, com ele, raramente um passe de 2 metros consegue sair se uma olhadinha pro lado, uma dancinha, um gingado ou uma tentativa de parecer especial.

Não precisa, marajá. Você já é. Ganhar mais de 1 milhão por mes pra não fazer nada ja é especial.

E aí você me pergunta, rubro-negro: O que pode ser pior do que um treinador desses com um capitão do time que chega pra treinar “sem condições”?

Eu te digo, caro torcedor: Quem os mantém ali.

abs,
RicaPerrone