Leitura labial: o cúmulo da falta de respeito

Imagine você que está numa discussão com sua namorada na rua e amanhã a tv pode simplesmente expor todas as suas questões simplesmente porque você estava num ambiente público.

Imagine como se sentiria se alguém contratasse um surdo pra ler seus lábios e entregar a seus colegas e chefes o que voce diz entre seus amigos?

Não imagine, porque é surreal a qualquer ambiente. É de uma falta de escrúpulos de rara má fé tentar encontrar fofoca no que nem foi dito. Ou, se foi, não foi pra você.

 

Ninguém pode ler o que alguém diz de costas ou de lado.  Mas pra vender clique, audiência ou jornal, lêem até mente.  E se não leu, mente.

Que se foda o que vai sobrar do alvo. Desde que me sirva pra invadir privacidade alheia e expor alguém em troca de audiência, pouco me importa pra que lado vão sobrar as balas perdidas.  Que diferença faz se o zagueiro perderá o lugar no time porque eu vi e entreguei ele supostamente dizendo: “Porra, tá uma merda esse esquema!”?

Santa paciência. Até quando vamos nos expor ao ridículo jornalístico de roubar contratos pra publicar, colocar escuta em vestiários e fazer leitura labial pedindo ética no futebol?

Somos inimigos do futebol. Assumidamente, inimigos.  Eles, os astros, se escondem de nós. E nós, burros, corremos atrás de prejudica-los quando possível.

Essa relação não tem vencedor. Só tem estupidez. E por consequência, crise, demissões, textões de colegas no facebook, blá, blá, blá….

Leia meus lábios: “Vai ser hipócrita na casa do caralho!”

abs,
RicaPerrone