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Justin who?

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Falaram a semana toda que teria show no Engenhão. Acreditei, não fui, mas mesmo perdendo a data, assisti.  Não era quarta-feira, era domingo. O garotinho era argentino, vestia 3 cores, mas teve seu dia de pop star roubado por um compatriota pouco brilhante até então.

Show no Engenhão, show de Flamengo e Fluminense.  Com direito a tudo, até a vitória do que jogou menos.

E dai? Quem gosta de lógica, coerência e justiça que assista basquete. No futebol a graça é o imponderável chute de longe que acaba com uma defesa bem postada. Aquele gol antológico nem merecido que transforma o “quase terceiro” em “quase em crise”. E aquele técnico burro, contestado por habito já, que coloca o autor de 2 gols que resolvem um Fla-Flu.

Fla-Flu que, pra você, pode ser um jogo, um jogão, um clássico, o que for. Pra mim, é simples. Se o cartão postal do Maracanã é o Fla-Flu, logo, é o maior clássico do mundo.  Nada é maior que o Maracanã no futebol mundial, e nada poderá ser jamais.

Hoje, longe dele, o Fla-Flu mostrou que é o que é também sem seu palco predileto.

Eu sei, Tricolor. Você está “puto”. Sei também que o rubro-negro está eufórico, esquecendo da má atuação e tudo mais. E é isso que faz do Fla-Flu o clássico dos clássicos.  Hoje, irritado. Amanhã contará orgulhoso que viu este jogão.

Era dia do Flu, que aproveitou os desfalques do Mengão e fez por onde vencer o jogo. Merecia, é claro que sim! Nem o mais fanático rubro-negro ignoraria a clara vantagem tricolor na partida. Mas, é Boxe que ganha por pontos…

Ousado, no desespero e vendo que “o que tinha” não tinha funcionado, Luxemburgo meteu o time pra frente. Abel fez o mesmo.  Jogo de gigantes, com posturas gigantes no segundo tempo.

Não a toa tivemos o resultado que tivemos.

Saiu de um argentino o gol da vitória tricolor. Morto, jogando mal, errando 60 passes, o tal do Flamengo teria que engolir a superioridade do Flu e assumir o quanto os desfalques fizeram diferença.

Até que entra Botinelli, o argentino que não joga nada há meses.

Teimoso, do meio da rua, diz pra Thiago Neves, autor do primeiro gol: “Eu vou bater! Eu vou bater”.

E bate, e faz. Birra? Nada, Thiago sai pra abraça-lo antes de todos os demais. Um gol antológico.

E ainda assustado, o Flu vê o mesmo argentino meter o pé de fora da área e acabar com toda parte tática do jogo. Flamengo 3×2, onde ninguém mais acreditava, onde sequer mereciam.

Mas era um Fla-Flu, jogo que as vezes esquecemos de exaltar de tanto assistir.

O prometido show do Engenhão estava entregue.

Que mané Justin Biber, rapá…

abs,
RicaPerrone