Hierarquia

Respeito é o mínimo que qualquer jogador, seja ele do tamanho que for, deve a camisa que está vestindo. Isso inclui não ser covarde e usar um momento pra jogar pra galera e prejudicar um terceiro.

Lembra quando o Barrichello deixou o Schumacher passar na última curva na Áustria? Pro torcedor do mundo todo ele se tornou vítima, se blindou na opinião popular e cometeu o ato mais covarde de sua carreira. Jogou o mundo contra seu chefe, fazendo exatamente o que havia sido acordado previamente.

Pra mim, caso de demissão. Mas marcas tem pavor de rejeição popular.

O Ganso é funcionário do Fluminense. O Fluminense escolheu fulano pra ser seu chefe, ele acata a respeita. Simples assim. E isso vale pra mim, pra você e portanto também pra qualquer jogador.

Na euforia apaixonada o torcedor se sente “representado”, quando na verdade o que ele viu foi o clube ser desrespeitado.

Se você analisar quem fez o que fez, piora. Um jogador que se acha craque e há uns 8 anos deixa claro dia após dia que se trata de um engano. No mínimo, pra não dar razão ao Oswaldo.

Bom treinador ou não, não importa. O Ganso não pode fazer o que fez, o Digão idem. Pontapé na cara do adversário já é um absurdo, na cara do bandeira é burrice, no cenário do clube é desrespeitoso.

Enquanto a torcida do Flu age passionalmente exaltando um jogador que deveria ser dispensado ainda no estádio, o clube segue o rumo pra série B enrolado num ambiente sem dinheiro, sem comando no vestiário e agora sem a torcida do lado certo.

Oswaldo deve ser demitido por questões técnicas. Mas antes dele, o Ganso. Que deve ser demitido por questões morais. Ou dizer pro time que eles podem escolher o chefe e a diretoria vai acatar.

A escolha é simples. Quem manda no Fluminense?

RicaPerrone