Grandes negócios

Da mais incrível e repetida série “Grandes negócios do futebol”, o SPFC trouxe o bom Luis Fabiano pra agradar sua torcida mais novinha.  Os garotos foram ao estádio, gritaram, aplaudiram e compraram camisa.

Ótimo. Ídolo não se questiona, se vende.

Mas aí tem o lado ruim, que é o jogo.  Luis veio pra jogar, não pra revender a imagem do passado onde também fracassou, mas sob alegação de que o time era fraco.

Agora, com ou sem um timaço em volta, veio pra ser “o cara”.

Luis Fabiano sabe ser centroavante, segundo atacante, ídolo, garoto-propaganda… menos “o cara”.

Quando nesta condição, invariavelmente faz alguma grande bobagem. Aos 32 anos achavam que tinha melhorado.

Bobagem.

Por 20 milhões veio fazer os gols de sempre nos jogos menos importante e desaparecer em TODOS os jogos decisivos que esteve em campo.  Quando esteve em campo, é claro.

O Luis Fabiano voltou. Igualzinho.

Agora a diretoria quer vendê-lo, mas não pode assumir.

Luis Fabiano é o retrato de um futebol cada dia mais vazio.  Do ídolo que dá pontapés, do ícone que nunca resolveu nada, do jogador que joga pra organizada, não pra torcida.

Nossos pais jamais aplaudiriam Luis Fabiano. Nossa geração o tem como ídolo.

E assim, num jogo comum e repetido, ficamos lendo a versão oficial de uma história recheada de mentiras.

Não condenem a diretoria. Ela está fazendo (se estiver) o jogo que foi denunciado na Globo.com para não desvalorizar o produto. Seria também uma burrice administrativa avisar que o meu produto de 12 milhões está a venda, pois ofereceriam 8.

Fato é que Luis não vale os 20. Talvez nem os 12.

Mas é preciso enganar o próximo. Então, se calam. E com razão.

Tem sempre alguém procurando um Luis Fabiano ou um Kleber pra “dar uma chance”.

E sempre alguém que os compara com Adriano, que fora de campo não se ajeita, mas dentro dele nunca fugiu de jogo algum.

Luis treina, não falta. Kleber também não.

Prefiro o Adriano bêbado do que os dois sóbrios.

abs,

RicaPerrone