Fecha e joga “nele”

O Santos ainda está num meio termo interessante entre o futebol espetácular e natural deste time e a retranca do Muricy. Por enquanto, ainda no começo do processo de Muricyzação do time, a coisa tá equilibrada.

Bem armado atrás, pouco cria coletivamente na frente. Mas pra que? Quem tem Neymar não precisa de poder coletivo ofensivo. É só jogar nele, ele faz tudo sozinho.

E note, nem chega a ser uma crítica. O Santos tem chegado com perigo no gol do adversário em mais de 60% dos casos em lances de genialidade do Neymar, não em uma troca de passes ou num “nó tático” ofensivo.

É uma característica do Muricy. Ele fecha tudo e arma um jeito de aproveitar as chances que tem. E se isso dá certo com Aloísio, Leandro, Obina e Rafael Moura…. com Neymar é sacanagem.

No Pacaembu tive a sensação de ter visto um time recuado por covardia. Agora sabendo que o Patrick sentiu a coxa, tudo faz mais sentido.

É um sistema de jogo bem simples, onde a maior obrigação está sem a bola. Quando perde, imediatamente o Santos já tem 10 marcadores em campo. É duro pegar o time do Muricy de surpresa.

O Once Caldas não fez o segundo hoje pelo mesmo motivo que não tomou mais gols. O Santos optou pela “segurança” de buscar o gol sem correr riscos e assim saiu com a vaga.

E dirão, é claro: “Viu? É melhor fechar e passar de fase do que ir pra cima e tomar, igual o Cruzeiro”.

É, até é.

Eu não acho. Mas se os fatos estão contra mim… azar meu.

Não, Nelson?

abs,
RicaPerrone