Fábio: um mistério da bola

Das dezenas de ótimos jogadores que a seleção não usou, o atual em constante pauta é o goleiro Fábio do Cruzeiro. Desde que ele é notável em sua função passaram pela seleção 5 treinadores diferentes (um deles teve duas passagens – Dunga).

Na avaliação de nenhum deles o Fábio mereceu se firmar na seleção. Eu desconfio quando é uma vez, duas, até três. Cinco, tem que haver um motivo.

Desconfio qual seja? Não. Já ouvi mil versões em bastidores, mas nunca uma honesta e clara.

Dele ser “gordo” a ele ser extremamente religioso, tudo já foi especulado. Até mesmo o “azar” de ter sempre três ou quatro goleiros no mesmo nível ou melhores que ele jogando simultaneamente.

Seja lá como for é incomum um goleiro de time grande ser tão protagonista por tanto tempo em casa e não conseguir ser uma figura comum na seleção.

Mas existem. Danrlei, do Grêmio, raramente ia convocado. Foi o Fábio de outros tempos, talvez.

O mistério continua. E a rotina da pauta idem. Toda vez que ele acaba com um jogo no Mineirão, no outro dia estamos especulando “porque Fábio não vai pra seleção?”.

E seguimos sem resposta. Embora seja uma dúvida nacional, eu sou da turma que compreende. Toda vez que houve uma convocação relevante o Fábio jamais esteve na minha lista de 3 goleiros. Não porque não merece ou porque não é muito bom. Mas porque sempre teve 3 melhores do que ele.

Hoje? Cássio, Alisson e Ederson. Ele, Victor, Grohe e Vanderlei disputam igualmente uma quarta vaga pra onde só cabem 3. E talvez essa seja a explicação mais simples de todas.

RicaPerrone