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Eu entendo

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Eu entendo

Pode parecer simples determinar o “justo” e o “injusto”.  Mas no futebol não é.  E tanto não é que Alessandro, o homem que deu  bola pro Diego Souza, foi o capitão que levantou a taça e se eternizou no maior momento da história do Corinthians.

Por 1 centimetro ele seria demitido na segunda-feira e nunca mais pisaria lá.

Tite foi o treinador mais vitorioso da história do clube.  Continuou o ótimo trabalho do Mano e ganhou o que tinha pela frente. Mas, como sempre acontece, em 2013 a coisa não rendeu sequer parecido.

Mas não é um espanto pra quem conhece futebol, menos ainda pra quem trabalha nele. Existem ciclos, e o Corinthians está tentando pular uma etapa que quase sempre acontece.

É quando o time fica de barriga cheia, o treinador perde o “impacto” sobre o grupo e o time se acomoda. Começa a empatar, perder jogo bobo, deixa de disputar títulos e o técnico começa a ser cobrado pela torcida, defendido pelo elenco.

É assim em todo clube após ótima fase. Pode notar.

Então os resultados somem, o treinador cai e é homenageado por tudo que fez.

O Corinthians está tentando, me parece que de forma transparente, evitar este final. Antecipa a saída do treinador, reformula parte do elenco e tenta buscar a curto prazo a “fome” do time novamente.

Não acho injsto. Nem burrice.

Se Tite fosse demitido em março após um Paulistão onde a diretoria sabe que em breve ira demiti-lo, acharia muito mais “covarde” do que numa mesa frente a frente dizer pro cara que entendem que o ciclo acabou.

Reclamamos de todas as posturas. Se pelas costas, pedimos transparencia. Se transparente, pedimos que sejam mais discretos.

Corinthians e Tite se ergueram juntos.  Ninguém deve nada a ninguém.

Não me parece o caso de uma “demissão” onde o técnico fica triste e o clube sorri. É um acordo, o fim de uma etapa, mais nada.

Tite sai de lá valorizado, ganhando talvez o dobro do que ganhava, com curriculo de campeão e um status que jamais teve. E o Corinthians volta pro Mano campeão do mundo, com mais obrigações, mais moral, mais camisa ainda do que já tinha.

É inegavelmente mais fácil e inteligente trocar o comando em busca de uma injeção de motivação no elenco do que trocar o elenco.

Segue o jogo.

abs,
RicaPerrone