Epidemimimia

Só há uma coisa pior do que a mensagem que “pode gerar violência”.  É a condenação à piada e não ao imbecil que a usou para ser violento.

O Conar atingiu chegou ao limite da epidemimimia que controla o mundo ao mandar censurar um comercial do Sócio Torcedor do Flamengo porque 3 pessoas se sentiram ofendidas. Sim, três.

E aqui estão as reclamações.

Esse acha que o Flamengo é incendiário.

Esse fala em morte porque atrelam coração a paixão e sangue a garra.  Cada um atrela a imagem ao que tem na sua vida.

Esse é quase humor.  É um negro que acende o fogo no final.

E diante de toda essa comoção popular de gente super bem qualificada e com argumentos esclarecedores, o Conar resolve ter seu dia de princesa no Gugu.

Dignidade da pessoa humana. Preconceito. Causar medo nas pessoas.

É tão ridículo que eu dispenso as linhas que escreveria argumentando contra. Pois nem mesmo o mais vascaíno dos torcedores acharia algum problema nessa propaganda. Mas para cada “bom dia” há um ofendido, e assim será sempre.

O problema é que dar voz a minorias é uma coisa, fazer delas a ampla maioria é outra.  Verdades absolutas estipuladas por quem grita mais alto. E em alguns casos, só por quem grita para parecer engajado a alguma merda.

Conar é o STJD da publicidade. Quando tudo está bem e ele está quase esquecido, faz um absurdo pra que vire pauta e voltem a falar dele. Ambos deveriam buscar justiça e bom senso, mas passam longe disso quando precisamos deles.

É só mais um retrato de um país sem rumo, sem princípios, sem lei e sem critérios.

Pais que evolui para trás, buscando num passado ruim as soluções para um futuro melhor.  Entendendo que ouvir qualquer chororô é igualdade, que evitar a piada pelo mau entendimento resolve a burrice de quem não a entende.

Segue o jogo. Até que o hino seja proibido, porque “na regata ele me mata, me maltrata….”.

abs,
RicaPerrone