Eles não tinham um plano

Era, pra variar, uma falsa perspectiva de mudanças.  Quando o Vasco contratou 2 profissionais do campo para atuarem fora dele insinuou dar razão a imprensa e “profissionalizar” o comando do futebol.

Mentira. Ricardo e Rene são educadíssimos, ótimas pessoas, mas treinadores bem comuns. Na direção, talvez, funcionassem.  E não saberemos se funciona, pois trabalham num clube de futebol, onde não existe cargo de comando que de fato comande.

Neste mundinho da bola nem o presidente determina os rumos do clube. Quem faz isso é jogador colocando ou não a bola para dentro. Dirigente ajuda, contrata, organiza, vende. Mas não chuta.

Gaúcho não é culpado, nem mesmo o Renê, o Ricardo, o Carlos Alberto, o Bernardo. Culparão Dinamite, que por ser o presidente leva a responsabilidade de conduzir a “nova cara” do futebol vascaíno.

Mas mentiu. Porque se a nova cara tivesse sido planejada não seria abortada com 2 ou 3 tropeços. Quem comanda tem que ter, ao menos, convicção do que está fazendo. Mil vezes um teimoso convicto do que um frouxo que ouve demais.

O Vasco assinou o atestado de “perdido”  com a demissão de um conceito que não foi sequer devidamente testado, até pela falta de peças.

Pode perder pra Volta Redonda e Nova Iguaçu? Não, não pode. Nem com Gaúcho, nem com Mourinho. A questão é saber se com um ou outro o problema seria solucionado.

É tudo muito bonito, a imprensa adora, mas vamos cair na real. Menos Renês, menos conceitos, mais meia, lateral e atacante.

É isso, ainda, que determina o sucesso ou o fracasso no futebol. Depois vem o resto.

abs,
RicaPerrone