É proibido mudar?

O post é baseado no Flamengo, mas honestamente cabe a todos os times do Brasil e talvez do mundo.

O futebol é um mundinho de muito conservadorismo e medo de sair do manual. Se treinadores consagrados não tem coragem de sair da “tendência”, imagine os que não tem bagagem pra segurar o emprego.

Esse esquema tático acima, que pode virar um 4141 conforme o time tem ou não a bola, é a regra há alguns anos. Dificilmente você verá alguém fugir disso.

E então os resultados não surgem, trocam todas as peças do mundo, o treinador, o diretor de futebol menos a porra do esquema tático.

Porque o Flamengo tem medo de tirar alguém dos 4 nomes de peso e voltar mais um volante? Não tá claro que o Diego joga bem mais com o Arão ali do que com o Paquetá?

Porque? Porque ele não tem que ficar recompondo o tempo todo. É a mesma coisa da Copa com Coutinho no meio. Ele estando ali prejudica o Paulinho. Sua função era do lado direito, não ali no Renato.

Veja você que curioso. Como todo time joga assim, é cada vez mais raro a jogada do lateral na linha de fundo. Ele fica pra marcar o “ponta” do outro time. E assim as jogadas vão se limitando a abrir pra ponta e esperar cruzamento ou um volante que chega batendo.

Se é que dá pra chamar os meias de hoje de volantes. Não existe mais isso. Mas você entendeu.

A impressão que eu tenho é que se você colocar um cara nas costas do Paquetá impedindo sua liberdade, dois no centroavante o Flamengo não fará gol nunca mais.  O Paquetá vira volante, o Diego se sobrecarrega e o centroavante não recebe uma bola que não seja cruzamento na área.

É fácil marcar o Flamengo.

Mas como a gente pode aceitar ser fácil marcar Paqueta, Diego, Everton e Vitinho no mesmo time?

Simples. Você pode ter as peças que quiser. Se você sabe exatamente o que elas vão fazer, pouco importa quem são. O futebol hoje é de quem destrói. O futebol privilegia a defesa há anos. E se ficarmos presos a um único sistema de jogo, aí…

abs,
RicaPerrone