Do caralho, Fred!

Fim de jogo, o Flu reclama, o Galo, hoje, não. Afinal, vencedor, como no meio de semana, não convém reclamar.  Antes do jogo cabia, de forma irresponsável e mediocre, elevar a arbitragem ao papel principal de uma decisão.

Durante, no primeiro apito contestável, esqueceram mais uma vez o que estava em disputa e olharam, de novo, pro cara errado.

O mosaico que deveria receber o time pra batalha, insinuava coisas para justificar fracassos. Havia, em alguns casos, mais vontade de ver um roubo do que um gol.  Queriam razão, argumentos, pauta.

Não teve, como não deveria ter tido até aqui, já que os arbitros erram para todos os lados, todos os jogos, sem uma direção. Mas quando convém, um deles sai de vítima e leva uma multidão ao coitadismo viciante de procurar vilões para a própria incompetência.

Um jogo épico, quase não notado por culpa de uma idéia imbecil de “esquema” alimentada por uma imprensa irresponsável que insinua o que não pode provar.

“Mas você acha que são todos honestos,  Perrone?”

Não, acho que moro num país onde a lei diz que eu devo provar a culpa de alguém, não a inocência. Num pais onde maltratamos e pisoteamos nosso principal produto de entretenimento para fazer tipinho de jornalista sério e reclamão na televisão.

“Jornalismo é oposição”, dizem os mais velhos. E eu digo que não, pois oposição é um lado e jornalismo é imparcialidade.

Se não prova, cale-se. O torcedor pode vomitar a merda que quiser, nós, de microfone, não.

Quase estragamos um jogo antológico em virtude do foco mediocre de vender jornal e causar barulho em torno de algo que não o jogo.

Fred, Deco, Ronaldinho e Jô nos devolveram o foco.

E ao final, já tinha gente, de novo, tentando desviá-lo.

É isso, Fred! Na Globo, na lata, de saco cheio, pra quem quiser ouvir: Tá chato pra caralho!

abs,
RicaPerrone