DNA rubro-negro

Existem campeões e campeões. Os que planejam, os que dão sorte, os que ganham num erro do adversário, os que tem um craque que resolve.  Tem quem goleie na final, tem quem ache aquele gol numa bola perdida e transforma uma atuação ruim numa partida épica.

E tem o jeito Flamengo de ser campeão.

Quando 0x0, os dois times disputavam em igualdade de condições e então faziam um jogo parecido. Até que a bola entrou uma vez e o cenário mudou.  Festa no Pacaembu, o Corinthians ganhando e agora favorito.

Sai o segundo, “já era”. E então, surge o DNA rubro-negro.

Tivesse ficado no 1×0, talvez o Corinthians até tivesse deixado adormecido o mantra que impulsiona o rubro-negro. Mas quando dado por vencido, colocado em situação de descrédito, o Flamengo é muito mais Flamengo.

O que se viu em 10 minutos do segundo tempo foi um time desafiado. E como bem sabe o rubro-negro, tem que ser sofrido, inacreditável e quando ninguém mais acreditava. Só eles.

Três gols pra valer dois. Um massacre de 15 minutos impiedoso e um resto de partida como no primeiro tempo:  equilibrado.

Chegam os pênaltis, o Flamengo é o primeiro a perder. E quando perde volta a situação desconfortável de ver sua conquista virar “improvável”.  Clube de Regatas do Improvável.

Surge o goleiro, que defende, vira herói, resolve bater, perde, vira vilão.

Desafiado pelo goleiro corintiano, Thiago vai pro gol e volta mais rubro-negro do que nunca.  Aquele ar de quem vive com as mãos em volta da orelha perguntando: “Cadê? Fala agora! Eu não ia perder? Não era impossível?”.

E Patrick confirma o final da história improvável com o mais provável final para um Flamengo que esteve “quase derrotado”.

Desde cedo eles sabem, aprendem e ensinam: O Flamengo nunca está “quase” derrotado.

abs,
RicaPerrone