Dia de Zé

.Huachipato é um time chileno nascido para não ser notado. Em toda sua brilhante história nunca ganhou porra nenhuma e provavelmente não vai ganhar.  Mediocre por natureza, é mais um dos timecos de tribo que acham que futebol ainda se resolve na pressão.

O Grêmio, que não requer apresentação, foi ao Chile jogar bola. Tomou seus pontapés de direito, afinal, é Libertadores. Não satisfeito em exibir o talento de um senhor de quase 40 anos por 90 minutos ainda teve que ver um “senhor de 60 anos” no chão sendo chutado.

É isso. Na América do Sul, é isso.  Sempre foi. E vai ser sempre até que o dono do poodle solte ele no chão. No colinho ele late e rosna, mas se soltar, sai correndo.

Enquanto a Conmebol der espaço pra isso e não punir de fato esses clubes que atiram coisas no gramado, brigam, batem, ameaçam e tudo aquilo que já sabemos, eles vão continuar.

Mas é só lá. Aqui, quando fazem, nem voltam pro segundo tempo.

Em campo, show de Zé Roberto. Com 3 volantes, sem Elano, o Grêmio perdeu talento mas ganhou uma fundamental novidade tática: A liberdade do Zé.

Não tinha que voltar, era só rodar com os atacantes e infernizar. O Grêmio não fez 3×0 por detalhes, e fez uma grande partida do início ao fim.

Time montado em cima da hora, ainda irregular, longe de estar pronto.  Mas desde já copeiro como a camisa ordena.

Uma vaga pra lá de merecida. Como sempre na bola, como sempre contra um bando de “seguranças de boate” que acham que fazendo de um jogo de futebol uma guerra entre tribos serão maiores do que isso um dia.

Os 6 brasileiros dentro, todos líderes, menos os que tinham outro brasileiro no grupo.

Porque ainda é futebol. Mesmo que a Conmebol não queira.

abs,
RicaPerrone