Desculpe, não falo “mimimês”

Eu tento acompanhar o ritmo do mundo mas essa língua me recuso a aprender. Toda piada gera um mimimi e todo mimimi ganha espaço na mimimídia e vira a polêmica do dia. E assim vai, dia após dia, mi após mi, até que a mimimiserável geração não problematizadora consiga superar a barulhenta geração 7×1.

Wellington, jogador do SPFC, apareceu num vídeo fazendo a piada mais velha da história do SPFC x Corinthians. Os “mano bandido” x  os “playboy fresquinho”.  Oh! Que terrível!

Mimizentos, gambás ou bambis, ladrões ou playboyzinhos de merda, tanto faz. O ponto é que toda vez que uma piada ofende, procura-se evitar a piada. Na verdade primeiro precisamos saber se era pra se ofender.

É tão inaceitável quanto isso a acusação de “homofobia” porque a torcida do Corinthians gritava “bicha!” pro goleiro batendo tiro de meta.  Agora o “mimitroco” vem com a reclamação de “rotular pessoas de bandidos”.

Ora, faça-me o favor. Mais boteco e menos rede social nessa vida. É óbvio que o moleque não quis dizer que todo corintiano é bandido, como é óbvio que todo corintiano entendeu. Mais óbvio ainda é o uso disso pra ganhar o próximo clássico, e mais ainda o pedido do clube pra ele se desculpar dando atestado pros chorões.

Toda vez que uma piada perde pro “tem gente ignorante que não entende e isso gera preconceito”, temos o placar aumentado em número de ignorantes x número de gente de bom humor.

Acho que não precisamos ser muito inteligentes pra saber qual das duas deveria ganhar esse jogo.

abs,
RicaPerrone