Defendendo posição

Abel Braga tirou o domingo pra inventar.  Contra um Inter sem 8, arrebentado, frágil como raramente costuma ficar em sua casa, tinha a chance de fazer o simples e garantir 3 pontos importantíssimos.

Fez de tudo, só faltou pedir pênalti numa das tentativas de queda na área do Inter para tomar o gol. Ainda assim, lá vai o Flu e, de novo, faz os 3 pontos sem jogar uma boa partida.

Eu juro que não sei se considero esse tipo de resultado animador. Você pode interpretar como “mesmo quando não vai bem, ganha”, ou “jogando assim, uma hora perde”.  Vai do seu humor.

O meu alterna. Quinta-feira achei que o Flu jogou uma bela partida.

O que não costumo mudar é minha avaliação do jogo de acordo com o placar somente.  Se não tivesse saído o gol do Fred, estaria aqui metendo na conta do Abel.

Saiu, mas é pra se questionar a postura defensiva do treinador neste domingo.

Não, não se “defende a liderança”. Campeões buscam o título, não ‘defendem’ posições na tabela.  Quando perdeu Wagner, era pra deixar claro que quer o caneco e meter o Sobis. Não, recuou, meteu Diguinho e decretou que, desde o primeiro minuto, não haveria criação no Fluminense.

Com 1×0, Inter abrindo, Nem puxando contra-ataques, outro centroavante. E aí você pensa: “Mas como um técnico coloca centroavante pra se defender?”.

Pois é,  pois é.

“Ele trocou pra ajudar na marcação da saída de bola”, diz o repórter ao lado do treinador, informando as instruções que ouviu.

Que vontade é essa de “não perder”?

Eu sei, já aprendi: Titulo de pontos corridos costuma ficar no que menos arrisca, não no que mais se expoe. É a premiação pela mediocridade, regularidade, não pelo futebol.

Mas hoje, com o Inter remendado, o Flu embalado, não.

Apesar dele, hoje, o Flu venceu.  Mas se for pra trocar a busca pelo caneco por uma “defesa de liderança”, prefiro ver o Flu em segundo lugar.

abs,
RicaPerrone