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De novo, caçando bruxas

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Hoje é dia de caçar bruxas, de novo. No clube mais popular do mundo, qualquer probleminha vira caos. Qualquer vitória leva ao céu. E uma eliminação não esperada pode levar ao inferno.

Se levar, é burrice. O Flamengo tem defeitos, não tem todas as peças, mas não pode atrelar 5 meses de trabalho a 2 jogos infelizes no PLACAR. Pois no campo, foi melhor.

Sejamos práticos, já que futebol não é resultado. Se fosse, não vaiariam jamais o time campeão invicto e que ficou 25 jogos sem perder. Se fosse, estariam bem contentes com os 4 títulos que viram o Fla ganhar em 5 meses. (Copinha, Taça Guanabara, Taça Rio e Carioca).

São títulos menores? São. Mas era o que tinha, e invicto, levou.

Se futebol for resultado, ponderem isso ao esculachar.

Se não for, ponderem que nestes turnos do estadual o Flamengo jogou pouco, mas venceu. Na base do “Deus me livre” algumas vezes, mas, levou.

Contra o Ceará, que é um time mediocre (leia o dicionário antes de encher meu saco e procure saber o que é mediocre), o Flamengo encarou o eterno desafio da Copa do Brasil.

Qualé a graça da copa do Brasil? Exatamente essa de confrontar a mediocridade e o “nada a perder” de alguns nanicos diante de gigantes com tudo nas costas.

E, de novo, o mata-mata nos prega uma surpresa.

Fez bom jogo em casa, mas sofreu 2 gols achados no meio do nada. Futebol é isso, fazer o que?

Hoje, com muita vontade e uma bela atuação até o juiz expulsar o Angelim, o time também não merecia empatar. Merecia vencer, como no jogo de ida, mas isso é futebol, não Boxe.

Teve pela primeira vez no ano uma partida onde o Ronaldinho atuou como jogador de linha e não como objeto de decoração ao lado do pau de escanteio. Ali, onde ao invés de 1 são 3 pra marcar, ele começou bem e depois foi sumindo na medida em que o jogo complicava.

Aliás, grande novidade.

Oposto de Thiago Neves, que adora sumir em jogo ruim e que se transforma em jogos decisivos. Até o Negueba, garoto, teve mais personalidade que o Ronaldinho.

O juiz errou? Errou sim. A expulsão foi absurda, não tinha nenhum motivo pra cartão ali. Mas, seja por isso ou por qualquer outro detalhe, o Flamengo hoje repetiu a boa atuação da semana passada, correu muito, mostrou opções e só não venceu um jogo de forma dramática por detalhes.

Detalhes que não dizem respeito a diretoria, comissão técnica e jogadores. São detalhes, aqueles que hoje estão a favor, amanha, contra.

A bola não entrou, a do Ceará entrou. O resumo de 2 jogos é isso!

O Flamengo teve mais volume, foi mais time, jogou bem mais, criou bem mais, mas… não quis entrar. E o Ceará, quando foi, fez.

Pode isso? Pra time pequeno, pode. É a única arma que lhe resta. Se fosse o Ceará um time grande, não acharia normal. Não é o caso.

O Flamengo entra no Brasileirão em franca evolução. Como um Palmeiras de 2009 que, ao não notar isso demitiu o técnico e perdeu um caneco ganho.

Que o Fla não cometa o mesmo erro, analise futebol e não apenas resultados, e note que, entre os diversos ajustes que devem ser feitos, o Flamengo acaba de fazer suas duas melhores partidas no ano.

E o Ceará, que não tem nada com isso, aproveita seus 15 minutos de fama. E tem mais é que aproveitar mesmo.

abs,
RicaPerrone